Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2021 – Os preços internacionais do açúcar subiram com força em fevereiro, alcançando máximas de quase quatro anos, puxados basicamente por um cenário de menor oferta global na temporada 2020/21 e pelo rally nas cotações futuras do petróleo.
Os contratos com entrega em maio do açúcar bruto negociados em Nova York fecharam a sessão do dia 25 de fevereiro a 16,84 centavos de dólar por libra-peso, alta de 12% em relação à última cotação de janeiro (15,08 centavos de dólar por libra-peso no dia 29).
OIA
O mercado global de açúcar enfrentará um déficit de oferta maior do que o esperado inicialmente neste ano, à medida que as safras de açúcar encolhem enquanto a demanda permanece forte apesar da pandemia do coronavírus, disse a Organização Internacional do Açúcar (OIA) em seu relatório trimestral de acompanhamento do mercado.
O órgão intergovernamental aponta agora que o déficit alcançará 4,782 milhões de toneladas na temporada 2020/21 (outubro-setembro), em comparação com um mercado bastante equilibrado no ano anterior. Em novembro, data do último relatório, a entidade havia estimado o déficit em 3,5 milhões de toneladas.
A produção global de açúcar está diminuindo em 2,116 milhões de toneladas, para 169 milhões de toneladas em 2020/21. Segundo a OIA, isso se deve principalmente às colheitas menores de beterraba açucareira na Europa, bem como às estimativas mais baixas das safras de açúcar do Irã, Paquistão e Tailândia.
A OIA espera que o consumo cresça cerca de 3,5 milhões de toneladas, para 173 milhões de toneladas, em 2020/21.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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