Porto Alegre, 13 de agosto de 2021 – As cotações futuras do açúcar subiram com força na semana. O mercado segue puxado por um potencial aperto na oferta global na medida em que as perspectivas para a safra brasileira vão piorando. Na sexta-feira (13), a posição outubro tocou em 19,99 centavos, maior nível desde março de 2017. Uma combinação de estiagem e geadas piorou as perspectivas para a safra brasileira, o que potencialmente levará o mercado global para um déficit em 2021/22.
No acumulado desde o início da safra 2021/2022 até 01 de agosto, a produção de açúcar alcançou 18,29 milhões de toneladas, contra 19,82 milhões de toneladas verificadas na mesma data do ciclo 2020/2021. A fabricação acumulada de etanol totalizou 14,11 bilhões de litros, sendo 5,28 bilhões de litros de etanol anidro e 8,83 bilhões de litros de etanol hidratado. Do total fabricado, 981,16 milhões de litros do biocombustível foram produzidos a partir do milho.
“As unidades produtoras permanecem priorizando a produção do etanol utilizado como aditivo à gasolina. Mesmo em um cenário de queda na produção agrícola, a fabricação do biocombustível acumula alta de 24,6% na safra 2021/2022”, disse a UNICA.
A produção de açúcar da região Centro-Sul do Brasil deve cair para 32,5 milhões de toneladas em 2021/22, ante uma estimativa de junho que apontava safra de 34,1 milhões de toneladas, na medida em que a produtividade da cana foi afetada por estiagem e geadas, disse a trading Czarnikow.
Embora o viés continue positivo face à piora nas perspectivas para a safra brasileira, analistas consultados pela Reuters apontam que uma demanda tímida no mercado físico deve limitar os ganhos.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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