Porto Alegre, 16 de março de 2020 – Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana. As dicas são do analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque:
* O mercado de soja mantém as atenções centralizadas na evolução da pandemia de coronavírus ao redor do mundo e suas consequências para a economia global. A questão envolvendo a produção mundial de petróleo também permanece no radar. Além disso, players acompanham a colheita da safra na América do Sul.
* O mercado financeiro deve continuar bastante volátil nos próximos dias, respondendo diretamente a notícias e ações governamentais derivadas do coronavírus. A grande dúvida continua sendo qual será o verdadeiro impacto econômico da pandemia nas principais economias do mundo. Medidas como restrições e paralisações de alguns setores de grandes economias tendem a trazer um impacto relevante para o crescimento do PIB mundial nesta temporada.
* A Europa se tornou, agora, o atual epicentro da pandemia. Esta notícia contrasta com o recente anúncio de que a evolução da doença já está controlada na China, o que é visto com bons olhos. Apesar disso, o mercado deve continuar nervoso diante dos primeiros números econômicos pós início da epidemia no país asiático. No domingo, dia 15, a China deve divulgar seu índice de produção industrial de fevereiro, auge da disseminação da doença no país. É esperada uma grande queda neste índice, o que pode voltar a assustar os mercados.
* Chicago deve continuar acompanhando o mercado financeiro. Não há força para a retomada do patamar de US$ 9,00 por bushel nos próximos dias. Apesar disso, os problemas climáticos que atingiram o Rio Grande do Sul e algumas províncias argentinas, e que estão reduzindo os potenciais produtivos da safra do Brasil e da Argentina, podem trazer algum suporte, mesmo que pontual.
* Assim como Chicago, o câmbio também responderá aos novos capítulos do coronavírus e petróleo, permanecendo bastante volátil. Não há tendência definida, mas o momento continua indicando firmeza na cotação do dólar frente à moeda brasileira.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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