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Copom inicia reunião hoje e mercado não espera por surpresas

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São Paulo, 16 de setembro de 2025 – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne hoje e amanhã para definir o futuro da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, para os próximos 45 dias. A decisão será anunciado no final da quarta, a partir das 18h30.

 

Segundo avaliação quase unânime do mercado, a Selic deverá ser mantida em 15% ao ano. As atenções estarão voltadas para o comunicado, com os investidores esperando algum sinal do Comitê sobre os próximos passos a serem tomados.

 

Na segunda, o boletim Focus do Banco Central, que compila as projeções do mercado, manteve a sua estimativa para a Selic no final do ano em 15% ao ano. Diante dos sinais de desaceleração da economia, a dúvida neste momento é saber se o ciclo de cortes terá início ainda neste ano ou será adiado para 2026.

 

Guilherme Sousa, economista da Ativa, lembra que na última reunião, o Copom confirmou o fim do ciclo de alta, mantendo a Selic em 15%, com discurso firme voltado à ancoragem das expectativas de inflação de longo prazo. “A leitura predominante no mercado continua sendo de cortes apenas em 2026, mas precisamente na primeira reunião do ano, embora a desaceleração da atividade e a inflação mais benigna abram espaço para discussões sobre uma antecipação do ciclo”, disse. “Contudo, seguimos projetando manutenção da Selic em 15%, com expectativa de estabilidade até meados de 2026. A partir desse período, esperamos cortes graduais de 50 pontos base para, a partir de então, chegar a 13% até o fim de 2026”.

 

Paula Zogbi, estrategista-chefe a Nomad, lembra que embora a inflação tenha arrefecido levemente, continua consideravelmente acima da meta e, com base nas projeções de mercado, a expectativa é que retorne ao intervalo de tolerância apenas entre o final de 2026 ou em 2027. “Com isso, e conforme o comunicado do Copom na última reunião, a expectativa é de manutenção da Selic em 15% ao ano para a reunião de agora. O mais importante será monitorar sinais de quando o juro pode começar a cair. A maior parte do mercado aposta que os primeiros cortes não deverão vir ainda este ano, visão com a qual concordamos”.

 

Em relatório semanal, Safras avalia que o Copom terminou seu ciclo de aperto monetário e enxerga a política monetária como suficientemente contracionista, diante dos sinais de moderação da atividade econômica e da ausência de deterioração adicional na inflação corrente e nas expectativas. “Nesse contexto, acreditamos que o Banco Central optará por manter a Selic em 15% ao ano até dezembro, quando poderá iniciar o ciclo de afrouxamento monetário”.

 

Flávio Serrano, economista-chefe do Banco Bmg, disse que, em relação à decisão, não são esperadas mudanças na taxa básica, que deverá permanecer em 15,00% a.a. “Assim, todas as atenções devem se voltar para o comunicado que será divulgado. Também não esperamos grandes mudanças no teor do texto, que continuará indicando manutenção da taxa Selic em patamares contracionistas por um período bastante prolongado”.

 

Segundo ele, as projeções para o IPCA no horizonte relevante deverão recuar de 3,4% para 3,3%, mas ainda permanecerão acima da meta de 3,0% estabelecida pelo CMN. “Projetamos manutenção da taxa Selic no patamar atual até o final de 2025 e acreditamos que o BC deverá começar um ciclo de alívio na reunião de janeiro, levando a Selic para perto de 12% ao longo do ano que vem”, conclui.

 

O Bank of America (BofA) espera que o Copom mantenha a taxa Selic inalterada em 15,00%, em decisão unânime. Apesar de algum alívio vindo da valorização do real e da atividade mais fraca, as pressões inflacionárias subjacentes seguem elevadas e as expectativas estão melhorando apenas de forma gradual.

 

Na avaliação dos economistas do BofA, o colegiado deve reiterar que a política monetária permanecerá restritiva por mais tempo, com a convergência da inflação ocorrendo de forma lenta e dependente dos dados. “Acreditamos que nesta semana o Copom deve enfatizar vigilância e dependência dos dados, em vez de sinalizar compromisso com um ciclo de afrouxamento de curto prazo. Nossa projeção segue inalterada: Selic em 15,00% até quase o fim do ano, com o primeiro corte de 50 bps em dezembro. Esperamos Selic em 14,50% em 2025, 11,25% em 2026 e 10,50% em 2027“, completa.

 

Conforme a Warren Investimentos, a decisão é amplamente esperada pelo mercado e respaldada pela sinalização do próprio Banco Central de que a taxa atual é contracionista e deve ser mantida por um período prolongado para garantir a convergência da inflação. A Warren projeta o início do ciclo de cortes na primeira reunião de 2026, marcada para janeiro, com redução de 25 pontos-base. “A trajetória seguirá sendo dependente dos dados, especialmente diante das últimas leituras do IPCA, que mostraram piora qualitativa – com núcleos pressionados e alta de itens como energia elétrica, alimentos e vestuário – e do mercado de trabalho, que segue resiliente. Esses são fatores que podem levar o Banco Central a manter a taxa de juros no patamar de 15% por um período ainda mais prolongado’, completa.

 

O cenário da XP prevê cortes de juros a partir de janeiro, com a Selic ficando em 12,00% ao final de 2026. “Para que a taxa básica se aproxime do seu nível neutro – que estimamos em 5,5% em termos reais – será necessário maior progresso no reequilíbrio do hiato do produto e (principalmente) nas perspectivas de reformas fiscais a partir de 2027”, aponta a XP em relatório.

 

Segundo o boletim, pela segunda reunião consecutiva do Copom, o fluxo de dados e notícias se mostrou majoritariamente benigno para as perspectivas de inflação. “O Fed (banco central dos EUA) provavelmente retomará seu ciclo de corte de juros; a taxa de câmbio se fortaleceu um pouco mais a atividade doméstica mostrou sinais adicionais de desaceleração; e as expectativas inflacionárias recuaram marginalmente, embora continuem acima da meta de 3,0%”.

 

Dylan Della Pasqua / Safras News

 

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