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Copom inicia reunião hoje para definir Selic e aposta é de manutenção em 15%

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São Paulo, 9 de dezembro de 2025 – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne hoje e amanhã para definir o futuro da taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, para os próximos 45 dias. A decisão será anunciada no final da quarta, a partir das 18h30.

 

Segundo avaliação quase unânime do mercado, a Selic deverá ser mantida em 15% ao ano. As atenções estarão voltadas para o comunicado, com os investidores esperando algum sinal do Comitê sobre os próximos passos a serem tomados, principalmente em relação ao início do ciclo de cortes.

 

Na segunda, o boletim Focus do Banco Central, que compila as projeções do mercado, manteve a sua estimativa para a Selic no final do ano em 15% ao ano. Diante do tom hawkish adotado pelo presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo em falas recentes, o mercado vem adiando a sua expectativa para o início dos cortes na Selic. Inicialmente, se falava em dezembro, o que está praticamente descartado. A dúvida agora é se o fim do ciclo de aperto monetário iniciará em janeiro ou março. A maior parte das apostas é para o próximo mês.

 

Segundo boletim da SulAmérica Investimentos, o Copom se reúne em um cenário que segue bastante alinhado ao diagnóstico recente do Banco Central: desaceleração gradual da atividade, inflação corrente um pouco melhor e expectativas ligeiramente mais baixas, ainda que acima da meta.

 

“Nosso cenário base é que o Banco Central mantenha a Selic em 15%, promovendo apenas ajustes marginais na comunicação. A avaliação principal deve permanecer: para garantir a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas desancoradas, a política monetária precisa seguir em patamar significativamente contracionista por período bastante prolongado. Não vemos espaço, neste momento, para retirar o advérbio “bastante”, que tenderia a ser lido pelo mercado como um sinal prematuro de corte em janeiro”, aponta o relatório.

 

Luis Felipe Vital, Estrategista-chefe de Macro e Dívida Pública da Warren Investimentos, confirma que a expectativa é de manutenção da taxa Selic. “Esperamos que o diagnóstico do Copom continue apontando para uma convergência da inflação, com atividade e mercado de trabalho dando sinais de desaceleração compatíveis com um momento de inflexão. Assim, projetamos que o Comitê avalie essa evolução como compatível com o cenário esperado, reforçando a necessidade de manutenção da taxa Selic na 275ª reunião”.

 

Sobre algum indicativo a respeito da condução futura da política monetária, “não esperamos qualquer mensagem explícita sobre as próximas decisões, ao modelo adotado nos últimos comunicados”.

 

No cenário da Warren o ciclo deve iniciar com um corte inicial de 25 bps na reunião de jan/26, seguido por reduções subsequentes entre 25 e 50 bps e encerrando o ano com a Selic em 12,25% — patamar que ainda se configura como restritivo.

 

O BTG Pactual também aposta na manutenção da Selic e em ajustes marginais no comunicado, evitando qualquer pré-sinalização sobre janeiro. “A conjuntura segue compatível com início do ciclo em janeiro de 2026, com atividade em desaceleração, primeiros sinais de inflexão no mercado de trabalho, núcleos em desinflação e projeção de inflação próxima da meta no horizonte relevante, mas o ambiente de incerteza elevada e expectativas ainda desancoradas justificam uma abordagem gradual, com corte inicial de 25 pb em janeiro. O principal risco a esse cenário é uma depreciação cambial significativa, que deteriore de forma relevante as projeções de inflação”.

 

Boletima da XP ressalta que os dados e notícias desde a última reunião do Copom foram marginalmente favoráveis. A inflação corrente permanece em queda, com as medidas de núcleo rodando perto da meta pela primeira vez em muitos meses. Os preços internacionais das commodities seguem baixos – especialmente alimentos e petróleo – e indicadores da atividade doméstica apresentam desaceleração gradual.

 

“Por outro lado, a política fiscal expansionista representa um risco para 2026. Considerando o atual aperto nos fatores de produção, uma reaceleração do crescimento doméstico poderia restringir a extensão do ciclo de cortes de juros esperado adiante”, complementa o relatório.

 

A XP acredita em Selic em 15,00%, sinalizando que ainda não é o momento para flexibilização. “Em suas comunicações oficiais, os membros do Copom têm argumentado que o cenário inflacionário melhorou, porém de forma mais gradual e menos intensa do que o esperado”.

 

A empresa mantém projeção de início do ciclo de cortes de juros em março (com risco de ocorrer antes, em janeiro). “Nosso cenário prevê seis cortes consecutivos de 0,50 p.p., até a taxa Selic alcançar 12,00%”.

 

O Itaú reforça o sentimento de Selic inalterada. “O comitê deve indicar que a estratégia atual tem se mostrado adequada, mas enfatizar a necessidade de paciência e serenidade, com passos futuros condicionados à evolução dos dados de atividade, inflação, expectativas e projeções”.

 

O banco acredita que a sinalização deve permanecer flexível, sem compromisso explícito com o início do ciclo de cortes, mas reconhecendo que ajustes poderão ser feitos conforme o cenário evolua. “Mantemos nossa expectativa de início do ciclo de cortes em janeiro de 2026, com redução de 0,25 p.p., levando a Selic para 12,75% a.a. ao longo do ano”.

 

Dylan Della Pasqua / Safras News

 

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