Porto Alegre, 12 de agosto de 2022 – O cenário de preços firmes marcou os negócios no mercado suíno ao longo da semana, tanto para o quilo vivo pago ao produtor quanto para os cortes negociados no atacado. “O ambiente de negócios envolvendo o suíno vivo está fluído, com os frigoríficos um pouco mais otimistas com o escoamento da carne. Tal movimento se deve ao período de capitalização das famílias e ao consumo por conta do Dia dos Pais”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia.
O analista ressalta que os suinocultores estão conseguindo reajustes, sinalizando que a oferta de animais está mais ajustada e que o consumo segue existente no mercado. “Além disso, seguem os relatos de que o peso médio dos animais está baixo”, alerta.
O ponto de atenção está na segunda quinzena do mês, que pode apresentar uma desaceleração na demanda. “Deve-se considerar também o quadro do boi gordo, que sinaliza tendência de queda no país, podendo trazer um ambiente desfavorável para o suíno mais à frente”, avalia.
Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou a média de preços do quilo vivo no país subiu 2,89% na semana, passando de R$ 6,14 para R$ 6,32. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 4,19%, de R$ 10,23 para R$ 10,66. A carcaça teve alta de 4,24%, passando de R$ 9,58 para R$ 9,98.
As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 50,793 milhões em agosto (5 dias úteis), com média diária de US$ 10,158 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 21,405 mil toneladas, com média diária de 4,281 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.372,90.
Em relação a agosto de 2021, houve alta de 14,2% no valor médio diário, ganho de 15,7% na quantidade média diária e baixa de 1,3% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo passou de R$ 137,00 para R$ 142,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,20. No interior do estado a cotação aumentou de R$ 6,25 para R$ 6,45.
Em Santa Catarina o preço do quilo na integração se manteve em R$ 5,30. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 6,35 para R$ 6,55. No Paraná o quilo vivo passou de R$ 6,15 para R$ 6,45 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 5,15.
No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande aumentou de R$ 5,95 para R$ 6,20, enquanto na integração o preço seguiu em R$ 5,20. Em Goiânia, o preço mudou de R$ 6,90 para R$ 7,50. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno subiu de R$ 7,60 para R$ 7,70. No mercado independente o preço continuou em R$ 7,80. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis elevou-se de R$ 5,90 para R$ 6,20. Já na integração do estado o quilo vivo continuou em R$ 5,20.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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