Porto Alegre, 27 de outubro de 2021 – Em teleconferência de resultados do terceiro trimestre de 2021, a Marfrig destacou que o consumo de carne bovina no Brasil deve seguir limitado no quarto trimestre deste ano e no primeiro trimestre de 2022, em meio ao quadro de recessão enfrentado pela economia do país. “Diferentemente do ano passado, acreditamos que desta vez o auxílio emergencial não deve trazer um grande fomento ao consumo”, destacou o CEO da Marfrig, Miguel Gularte.
Ele salientou que em meio ao quadro difícil enfrentado pelo país, os abates de bovinos apresentaram um declínio no terceiro trimestre. “A queda nos abates pelo mercado em geral no terceiro trimestre deste ano foi de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. Na Marfrig, na mesma comparação, houve um decréscimo nos abates de 6%”, afirma.
O declínio nos abates, conforme a Marfrig, levou em conta também a escassez de matéria-prima e a auto suspensão temporária das exportações brasileiras para a China, ocorridas no início de setembro, devido aos casos atípicos de EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina).
Miguel explica que a Marfrig procurou fazer ajustes por conta do embargo chinês à sete plantas da companhia, passando a trabalhar com o direcionamento da produção para carnes de marca, que apresenta um consumo doméstico forte, bem como com a industrialização maior da carne.
No que tange aos próximos meses, o CEO sinaliza que o dólar competitivo e o restabelecimento das vendas da China, quando vier a ocorrer, devem favorecer um incremento das exportações de carne bovina, ainda que o aspecto logístico permaneça complicado.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2021 – Grupo CMA