Porto Alegre, 30 de junho de 2023 – A dinâmica no mercado de milho mudou novamente e a realidade de preços mais baixos vivenciada nas últimas semanas voltou a ser registrada no final de junho. Na avaliação mensal de preços, contudo, segundo a SAFRAS Consultoria, em boa parte dos estados o cereal se mostrou mais alto no fechamento de junho na comparação com o encerramento de maio, puxados justamente pela melhora das cotações observada na semana passada.
Os consumidores, que adquiriram bons volumes na semana passada, voltaram a reduzir as intenções de compra do cereal, observando o clima mais seco no Brasil e benéfico ao avanço da colheita da safrinha. A necessidade dos produtores de ter de negociar o cereal, por conta da falta de espaços para armazenagem, fez com que eles aumentassem as fixações de ofertas, o que também contribuiu para a queda no preço ao longo da semana.
De acordo com a SAFRAS Consultoria, o indicativo de retorno das chuvas nos Estados Unidos também voltou a pressionar as cotações do milho na Bolsa de Mercadorias de Chicago, trazendo impactos também na paridade de exportação durante a semana.
Para a primeira quinzena de julho, o foco do mercado seguirá voltado ao clima nos Estados Unidos, com a confirmação, ou não da melhora das chuvas ao desenvolvimento das lavouras de milho. No Brasil, o avanço da colheita da safrinha deve trazer dificuldades logísticas ao escoamento do cereal, haja vista que há bons volumes de soja a serem exportados. Segundo a SAFRAS Consultoria, quando a colheita de milho chegar ao seu auge, pode haver um novo cenário de pressão mais forte nas cotações do cereal.
O valor médio da saca de milho no Brasil em junho foi cotado a R$ 54,67, alta de 0,33% frente aos R$ 54,49 registrados no fechamento de maio. No mercado disponível ao produtor, o preço do milho em Cascavel, Paraná, foi elevado em 1,82%, de R$ 55,00 para R$ 56,00. Em Campinas/CIF, a cotação ficou em R$ 60,00, avanço de 3,45% frente aos R$ 58,00 do encerramento de maio. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 57,00, aumento de 7,55% frente aos R$ 53,00 praticados na semana passada.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação da saca caiu 14%, de R$ 50,00 para R$ 43,00 ao longo do mês. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço no balanço mensal avançou 1,62%, de R$ 62,00 para R$ 63,00 a saca na venda.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda na semana passou de R$ 50,00 para R$ 52,00 a saca, alta de 4,00%. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda baixou 4,00%, de R$ 50,00 a saca para R$ 48,00.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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