Consumidor de milho segue retraído, esperando queda no preço

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     Porto Alegre, 5 de agosto de 2021 – O mercado brasileiro de milho pode operar com ritmo calmo nos negócios nesta quinta-feira. Embora as ofertas já surjam no cenário doméstico, os consumidores seguem cautelosos, aguardando efeitos de queda nas cotações. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago voltou a subir, refletindo o cenário de boa demanda nos Estados Unidos.

     Ontem (4), o mercado brasileiro de milho apresentou pontual avanço da oferta. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cenário segue bastante complicado com milho de baixa qualidade em muitas regiões produtoras. “O avanço da colheita tende a produzir algum alívio dos preços internos”, comenta.

     No Porto de Santos, o preço ficou na faixa de R$ 80,00 a R$ 97,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 79,00/98,00.

     No Paraná, a cotação ficou em R$ 100,00/103,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 100,00/103,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 102,00/104,00 a saca.

     No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 99,00/102,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 97,00/100,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 92,00/R$ 94,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 85,00/90,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em setembro de 2021 operam alta de 6,25 centavos, ou 1,14%, em relação ao fechamento anterior, cotada a US$ 5,52 por bushel.

* A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho está operando com preços em alta. O mercado mantém o tom positivo, em meio ao bom desempenho das vendas líquidas semanais norte-americanas de milho, que ficaram acima do previsto.

* As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2020/21, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 68.200 toneladas na semana encerrada em 29 de julho. O México liderou as compras, com 205.400 toneladas.

* Para 2021/22, foram mais 830.200 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 100 mil e 700 mil toneladas, somando-se as duas temporadas. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

* Ontem (4), os contratos de milho com entrega em setembro fecharam a US$ 5,45 3/4 por bushel, baixa de 4,75 centavos de dólar, ou 0,86%, em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

*O dólar comercial registra baixa de 0,61% a R$ 5,157. O Dollar Index registra perda de 0,12% a 92,16 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia encerraram mistas. Xangai, -0,31%. Tóquio, +0,52%.

* As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Paris, +0,27%. Londres, -0,12%.

* O petróleo opera em alta. Setembro do WTI em NY: US$ 68,67 o barril (+0,76%).

AGENDA

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (6/08)

– Alemanha: A produção industrial de junho será publicada às 3h pelo Ministério de Economia e Tecnologia.

– Atualização da evolução das lavouras argentinas – Ministério da Agricultura, na parte da manhã.

– EUA: O número de empregos criados ou perdidos pela economia (payroll) e a taxa de desemprego referentes a julho serão publicados às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Dados do setor automotivo no mês de julho – Anfavea, 10hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras do Mato Grosso – IMEA, na parte da tarde.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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