Porto Alegre, 2 de agosto de 2023 – O Banco do Japão (BoJ) publicou na noite de ontem (1) a ata da reunião que aconteceu nos dias 15 e 16 de junho, na qual foi decidida a manutenção da taxa de juros em -0,1%.
“A economia do Japão se recuperou, apesar de ter sido afetada por fatores como alta do passado preços das commodities. Em relação às perspectivas, a economia deverá recuperar moderadamente em meados do ano fiscal de 2023, apoiado por fatores como a materialização de demanda reprimida, embora há a expectativa de pressão em ritmo de baixa, decorrente dos preços elevados das commodities e a desaceleração do ritmo de recuperação das economias externas”, diz um trecho da ata.
O documento também cita a tendência de queda na performance econômica em outros países. “A economia dos Estados Unidos manteve uma tendência de desaceleração, refletindo os aumentos de preços e a continuação da política de taxa de juros aumentos do Fed, embora se tenha verificado firmeza no consumo privado”.
Na Europa, a avaliação dos dirigentes do banco é semelhante. “As economias europeias desaceleraram moderadamente, embora as preocupações com o fornecimento de energia tenham aliviado em comparação com um tempo atrás, pois eles continuaram a ser afetados pela situação cercando a Ucrânia”.
Na China, a perspectiva é de uma economia com recuperação aquém do esperado. “A economia chinesa havia se recuperado, pois a normalização da economia a atividade progrediu, mas foi afetada por fatores como ajustes em bens relacionados com a tecnologia da informação e uma desaceleração da procura externa”.
O consumo privado aumentou de forma moderada, mas é afetado pelo preço das commodities e do aumento dos preços de forma generalizada. “Em relação às perspectivas, embora se esperasse que o consumo privado fosse afetado pelos aumentos de preços, projetava-se que continue aumentando moderadamente com a renda nominal do empregado continuando a melhorar, e parcialmente sustentado pelas economias das famílias que se acumularam como resultado das restrições da pandemia”.
Os membros do conselho do BoJ acreditam que a economia japonesa deverá começar seu processo de recuperação a partir do meio do ano fiscal de 2023, “suportado por fatores como a materialização da demanda reprimida, embora se esperasse que estivesse sob pressão de baixa decorrente dos preços elevados das commodities no passado e da desaceleração do ritmo de recuperação das economias estrangeiras”.
O mesmo deve acontecer com a inflação japonesa. “Com relação às perspectivas, os membros concordaram que a taxa anual de aumento na inflação provavelmente desacelerará em meados do ano fiscal de 2023, com a diminuição dos efeitos do repasse aos preços ao consumidor dos aumentos de custos provocados pelo aumento dos preços de importação”.
Quanto aos riscos para a atividade econômica e preços, os membros do conselho do BoJ concordaram que havia “incertezas extremamente altas para a economia do Japão, incluindo os desenvolvimentos da atividade econômica no exterior, bem como a evolução da situação em torno da Ucrânia e nos preços das commodities”. Por fim, a votação para a manutenção da política monetária foi unânime. Com informações da Agência CMA.
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Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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