Além da dependência das exportações e das medidas pontuais discutidas por entidades do mercado de arroz, o Brasil precisa atacar os gargalos que corroem a competitividade: custos de produção aviltantes, fretes internos cada vez mais caros, pedágios, tributos, entre outros.
Quer receber as notícias mais importantes do agronegócio em tempo real? Participe do exclusivo canal de Safras & Mercado. Escolha o aplicativo de sua preferência e não perca nenhuma informação! Dinâmico e gratuito!
A forte dependência rodoviária — vulnerável a más condições das estradas e eventos climáticos como as enchentes de 2024 — eleva custos logísticos, reduzindo margens e dificultando acesso ao porto, muitas vezes já sobrecarregado pela soja. O déficit de armazenagem no país força produtores a vender na colheita, com perdas na rentabilidade que podem superar os 30%, enquanto a baixa integração multimodal (rodoviário, ferroviário e hidroviário) encarecem o frete e muitas vezes atrasam embarques.
Se quiser acompanhar todas as novidades que surgem no mercado de arroz, tenha acesso gratuitamente a análise de arroz elaborada pelo especialista Evandro Oliveira, de Safras & Mercado. Basta clicar neste link e se cadastrar.
Concorrência do arroz paraguaio e argentino em alta
A concorrência regional cresceu: Argentina, Uruguai e Paraguai hoje oferecem arroz mais competitivo, ampliando a perda de espaço do produto gaúcho. O Paraguai, por exemplo, consolidou-se como principal fornecedor brasileiro, com custo de produção quase 50% menor e acesso desonerado pelo Mercosul.
Na temporada comercial 2025/26, o país projeta exportação de aproximadamente 1,35 milhão de toneladas (base casca), sendo cerca de 80% deste volume destinado ao Brasil, funcionando como “segundo estoque” nacional. Hoje, a nação Guarani produz três vezes mais que há uma década, com as cotações mais atrativas do continente, logística favorável e vendas ágeis. Essa competitividade pressiona a cadeia produtiva brasileira, desloca parte da demanda interna e amplia a dependência do cereal importado. Para o Brasil, a saída é fortalecer urgentemente as exportações e reduzir custos, sob risco de perda estrutural de mercado.
Para aperfeiçoar seus conhecimentos no mercado de arroz, você pode se especializar dentro deste setor com o curso “Gestão Estratégica na Comercialização de Arroz.
Coordenação como saída para o arroz brasileiro
Do campo à prateleira, a palavra-chave é coordenação. Produtores, indústrias e exportadores precisam alinhar volumes, tempos de oferta e estratégias comerciais para evitar vendas desordenadas e quedas abruptas nas cotações do cereal. O varejo, por sua vez, deve ser parceiro na comunicação do custo real de reposição, diluindo aumentos de forma gradual para não travar o consumo.
Se o objetivo é pleno desenvolvimento e sustentabilidade de todos os elos, o arroz brasileiro precisa sair da lógica reativa e abraçar uma estratégia nacional integrada — que valorize qualidade, agregue valor e transforme oportunidades passageiras em pilares permanentes de competitividade. O tempo é curto e a janela pode se fechar rápido. A diferença entre avançar e regredir estará na capacidade do setor de agir agora, de forma coordenada e inteligente.
Quer entender como a Plataforma Safras pode fazer a diferença na rotina do agronegócio? Solicite uma demonstração gratuita e explore todas as funcionalidades que podem impulsionar os resultados no setor. Clique no link e saiba mais.






