Porto Alegre, 11 de agosto de 2023 – A semana foi de comercialização pontual no mercado doméstico de algodão. Houve interesse entre trading e produtor para entregas futuras, principalmente para 2024, informou a SAFRAS Consultoria.
As cotações da pluma no CIF de São Paulo fecharam a quinta-feira (10) cotadas a R$ 4,05 por libra-peso, uma alta de 2,53% em relação a quinta-feira passada (03), quando trocava de mãos a R$ 3,95 por libra-peso.
Já no FOB do porto de Santos, o preço da pluma de algodão apresentou ganhos de 2,17% na semana, negociado a 80,56 centavos de dólar ante 78,85 centavos de dólar da semana anterior. O produto brasileiro segue mais competitivo na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O prêmio referencial em Santos ficou indicado a -4,79 centavos/libra-peso contra ICE US. Há uma semana era -5,85 centavos/libra-peso.
Segundo o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os ganhos externos e o ainda baixo nível de beneficiamento da safra BR-23 abriram espaço para a valorização da fibra no mercado físico interno. O comparativo da série de preço deflacionada pelo IGP-M confirma a acomodação na curva de baixa do preço de algodão, com mercado desenhando um fundo e esboçando tímida reação, seguindo a recuperação sazonal do mercado e se alinhando aos níveis de preço de 2020, primeiro ano da pandemia.
“Apesar da ligeira melhora, o preço do algodão em Rondonópolis continua abaixo da média deflacionada dos últimos 5 anos e ainda mais distante dos níveis alcançados em igual período em 2021 e em 2022”, pontua Barabach.
A colheita da safra 2022/23 avançou 13 pontos percentuais e alcança 40,4% até o último dia 04 de agosto, segundo levantamento da Abrapa. Na Bahia, segundo maior estado produtor do país, os trabalhos já superam a metade e correspondem a 53% da área plantada. No Mato Grosso a colheita responde por 35% do total da área.
Os dois estados juntos correspondem a 90% do total da área plantada com algodão no Brasil. Já o beneficiamento do algodão que estava em 7,57% na semana passada, subiu para os atuais 9,99% e segue em ritmo muito lento, o que acaba limitando a disponibilidade física de algodão novo no mercado. Na Bahia 30% e no MT apenas 3% da produção já foi beneficiada.
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Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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