Porto Alegre, 16 de abril de 2021 – A comercialização da safra de café do Brasil 2020/21 (julho/junho) chega a 90% até o dia 13 de abril. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, que mostra que as vendas evoluíram em 3 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
As vendas estão levemente avançadas em relação ao ano passado, quando 89% da safra 2019/20 estava comercializada até então e também acima da média dos últimos 5 anos para o período, que é de 88%.
Assim, já foram comercializadas 62,80 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2020/21 de café brasileira de 69,5 milhões de sacas.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, o dólar alto e a recuperação na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) acabaram elevando os preços no mercado físico interno, o que trouxe um pouco mais de vendedores às negociações. “Apesar do interesse, o fluxo de negócios segue bem cadenciado. É que, além da pouca disponibilidade física, o produtor também está mais capitalizado. E, por isso, bem mais tranquilo para administrar seu fluxo de vendas”, comenta.
Para o consultor, o viés de alta nos preços e a aposta no mercado de clima com a chegada da temporada fria brasileira também justificam essa postura mais curta dos vendedores, nesse período de transição entre as safras.
As vendas de arábica subiram para 89% da produção, em leve vantagem em relação a igual período do ano passado (88%) e também acima dos 87% de média histórica. Já as vendas de conilon ganharam um pouco mais de ritmo e alcançam 95% da safra, contra 92% em igual período do ano passado e 91% na média de 5 anos. “A chegada da safra brasileira 2021 explica o avanço no fluxo de vendas”, comenta Barabach.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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