Porto Alegre, 12 de março de 2021 – A comercialização da safra de café do Brasil 2020/21 (julho/junho) chegou a 87% até o dia 09 de março. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, que mostra que as vendas evoluíram em 4 pontos percentuais em relação ao mês anterior.
As vendas estão levemente avançadas em relação ao ano passado, quando 86% da safra 2019/20 estava comercializada até então e também acima da média dos últimos 5 anos para o período, que é de 85%.
Assim, já foram comercializadas 60,66 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2020/21 de café brasileira de 69,5 milhões de sacas.
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a firmeza no mercado físico interno acabou atraindo mais vendedores e estimulando as negociações. “Mas, trata-se de uma cadência mais lenta, típica de entressafra. Além disso, o produtor busca administrar melhor as suas posições por conta da menor oferta futura, com a quebra da safra brasileira 2021”, comenta.
Em todo caso, avalia Barabach, as vendas avançaram, com destaque para o conilon. “O crescente interesse da indústria doméstica e a maior flexibilidade do produtor, que busca aproveitar a alta nos preços para fechar posições e se antecipar a chegada da safra nova, favoreceram a realização de negócios”, observa.
As vendas de arábica sobem para 86% da produção, acima dos 85% de igual período do ano passado e também dos 84% de média histórica. “Embora o produtor mostre mais interesse, não demonstra afobação, buscando alongar suas vendas nesse restante de safra”, afirma o consultor.
Já as vendas de conilon ganharam um pouco mais de ritmo e alcançam 91% da safra, contra 90% em igual período do ano passado e 88% de média. Barabach destaca que a demanda doméstica e o interesse do produtor dão uma maior dinâmica às vendas do conilon.
Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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