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Comercialização da safra 2024/25 de café do Brasil atinge 93% e vendas de 2025/26 estão em 13%

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Porto Alegre, 14 de março de 2025 – Safras & Mercado divulgou dados atualizados da evolução da comercialização da safra brasileira de café 2024/25, trazendo também números preliminares das vendas da safra 2025/26. De acordo com o levantamento mensal de Safras & Mercado, até o dia 12 de março, os produtores haviam comercializado 93% da safra de café 2024/25, o que representa um avanço de 5 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

 

O ritmo das vendas segue bastante acelerado em comparação ao mesmo período do ano passado, quando os produtores haviam negociado 84% da safra. As vendas também estão à frente da média dos últimos 5 anos (2020-2024), que é de aproximadamente 86% para o período.

 

Segundo o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, o fluxo de vendas voltou a ganhar ritmo no último mês, com os produtores se mostrando mais presentes no mercado para aproveitar os picos de preço, tanto em fevereiro quanto no início de março. “A volatilidade climática tem aberto essas oportunidades. De maneira geral, o produtor segue em uma postura defensiva, dosando as vendas sem pressa, aguardando uma definição sobre o tamanho da safra 2025 e atento a possíveis repiques na bolsa, no dólar ou a negócios ocasionais com compradores mais agressivos devido à necessidade imediata”, comenta.

 

Por outro lado, avalia Barabach, os compradores reduziram um pouco a intensidade das compras, o que contribuiu para a diminuição da liquidez nos negócios, especialmente no início de março. “A verdade é que, embora os compradores ainda precisem correr atrás dos vendedores, não o fazem com a mesma agressividade de antes”, coloca.

 

As vendas de café arábica já atingem 91% da produção, superando amplamente tanto o mesmo período do ano anterior (80%) quanto a média dos últimos 5 anos, que gira em torno de 84%. Destaca-se o fluxo de vendas das cooperativas. A comercialização do café canéfora (conilon/robusta) está na reta final, com pouco café ainda disponível nas mãos dos produtores. As vendas dos produtores de canéfora já alcançam 97% da safra. O ritmo de negociações continua acelerado, tanto em comparação ao ano passado quanto à média dos últimos 5 anos, ambas de cerca de 91% da safra.

 

Para o consultor, a escassez de café nas mãos dos produtores deve continuar a marcar o final da temporada comercial 2024/25, o que contribui para a firmeza das cotações. “Os produtores devem seguir cautelosos, fracionando as vendas e ajustando o estoque remanescente até a chegada da nova safra ao mercado. Só devem alterar esse comportamento caso ocorra uma queda acentuada no preço”, pondera. Conclui que o cenário de oferta curta, com estoques baixos, e a safra menor de arábica esperada para este ano tendem a amenizar a pressão sazonal sobre a oferta no início da temporada.

 

2025/26

 

A previsão preliminar de Safras & Mercado é de que as vendas da safra 2025/26 de café do Brasil esteja em torno de 13% do potencial produtivo, com as negociações de arábica alcançando 19% da próxima safra. Esses números estão bem abaixo da média dos últimos 5 anos (2020-2024), quando as vendas corresponderam a cerca de 22% do potencial produtivo.

 

De acordo com o consultor de Safras & Mercado, Gil Barabach, as vendas da safra nova continuam bastante lentas, especialmente pelo fraco fluxo de negócios com canéfora. “O receio climático, devido ao corte nas chuvas e às temperaturas mais baixas nas últimas semanas, voltou a esfriar os ânimos dos vendedores. Além disso, o preço da safra nova, mais baixo do que o atual, limita as vendas antecipadas. Esses fatores continuam dificultando o fluxo de negócios”, diz.

 

Para ele, a cadência das vendas deve permanecer lenta, pelo menos até a entrada da nova safra. A aceleração natural da oferta com a chegada do café novo também deve ser menor, uma vez que o produtor, atualmente, precisa de menos sacas de café para cobrir seus custos, especialmente os da colheita.

 

Barabach observa que, para o produtor, é importante ficar atento às oportunidades de comercialização das safras futuras, pois o mercado pode passar por uma correção negativa com a chegada de café novo do Brasil e da Indonésia, e esse movimento pode se tornar ainda mais significativo ao longo do segundo semestre de 2025, especialmente com projeções produtivas mais positivas para a safra de 2026. “Claro, esse cenário está condicionado a uma situação climática favorável, sem seca e sem geadas no inverno e com boas chuvas para as floradas e pós-florada. A instabilidade climática, especialmente a falta de chuva, tem sido um fator determinante para o mercado de café nos últimos anos”, aponta.

 

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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência Safras News

 

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