Comercialização da safra 2020/21 de café reduz ritmo e atinge 83% no país

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    Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2021 – A comercialização da safra de café do Brasil 2020/21 (julho/junho) chegou a 83% até o dia 09 de fevereiro. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, que mostra que as vendas evoluíram em 4 pontos percentuais em relação ao mês anterior.

     As vendas estão levemente avançadas em relação ao ano passado, quando 82% da safra 2019/20 estava comercializada até então e também acima da média dos últimos 5 anos para o período, que é de 80%. Assim, já foram comercializadas 57,84 milhões de sacas de 60 quilos, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2020/21 de café brasileira de 69,5 milhões de sacas.

     Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os preços mais altos trouxeram os produtores de volta ao mercado, mas o fluxo de vendas segue bem cadenciado. “Sem afobação, o vendedor busca dosar suas posições e administrar o bom momento. O fato do mercado estar oscilando menos e permanecendo mais próximo do teto, favorece a estratégia de alongar posições”, comenta. O produtor segue preferindo vender os cafés mais fracos e segurar as bebidas melhores, apostando na sequência positiva ao longo dos próximos meses.

     Barabach comenta que houve justamente um avanço de apenas 4 pontos percentuais em relação ao mês anterior. “A desaceleração no ritmo de venda permitiu uma aproximação com as referências anteriores”, aponta.

     As vendas de arábica chegam a 82% da produção, acima dos 80% de igual período do ano passado e dos 78% da média histórica. “Mesmo com os cafés melhores voltando a flertar com a linha de R$ 700,00 a saca, o produtor não altera a postura, dosando suas posições”, aponta Barabach. J

     Já as vendas de conilon ganharam um pouco mais de ritmo e alcançam 87% da safra, contra 86% em igual período do ano passado e 84% de média. “Embora tenha perdido competividade externa, o conilon começa a ganhar mais destaque no mercado doméstico. O arábica está muito caro, o que tem feito muitas indústrias ajustarem os seus blends, elevando a participação do conilon”, adverte o consultor.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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