Porto Alegre, 4 de outubro de 2022 – O mercado brasileiro de algodão teve o início de novembro bastante positivo em relação aos preços, após recuar cerca de 15% em outubro. O suporte veio da forte recuperação da Bolsa de Nova York (ICE Future US), que acumulava ganhos próximos a 20% no final da manhã desta sexta-feira (4). Vale destacar, porém, que os ganhos internos não foram na mesma proporção.
O algodão em pluma no polo industrial paulista encerrou a quinta-feira a R$ 5,05 por libra-peso (referência s/ICMS), um ganho de 3,06% em relação à semana passada. Na comparação com igual período do mês anterior, houve perda de 9,01%, quando era cotado a R$ 5,55 por libra-peso. Já na comparação com mesmo período do ano passado, caiu 17,21% (R$ 6,10 por libra-peso).
No FOB exportação do Porto de Santos/SP, a fibra terminou o dia 3 indicada a 99,20 centavos por libra-peso. E, com isso, o prêmio referencial em Santos gira em torno de +16,20 centavos por libra-peso, inferior a +18,10 centavos na semana passada e também dos +22,99 centavos em igual período do mês anterior.
Uma notícia importante para o algodão, que está impulsionando a Bolsa de Nova York nesta sexta-feira, é a possibilidade de aumento de demanda da China pelo produto norte-americano. Isto porque há rumores de que o país pode reduzir as restrições em relação a Covid-19.
As vendas líquidas norte-americanas de algodão (upland), referentes à temporada 2022/23, iniciada em 1o de agosto, ficaram em 191.800 fardos na semana encerrada em 27 de outubro. O maior importador foi a China, com 122.000 fardos. Para a temporada 2023/24, foram mais 11.200 fardos. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
As exportações de algodão dos Estados Unidos em setembro totalizaram 154,246 mil toneladas, conforme dados do Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Em agosto, o volume havia sido de 268,836 mil toneladas. Em setembro de 2021, foram 122,174 mil toneladas.
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Sara Lane (sara.silva@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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