Com repasse de custos, cotações do suíno sobem em parte do Brasil

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     Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2021 – O mercado brasileiro de suínos se deparou com preços mais altos ao longo da semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, os produtores conseguiram repassar o adicional de custos ao longo da cadeia produtiva e vem recuperando parte das margens. “Mesmo assim, o cenário para o primeiro semestre permanece preocupante, principalmente no que diz respeito ao abastecimento de milho”, comenta.

     As exportações titubeantes também geram preocupação ao setor neste momento. “A voracidade de compra da China só será mais evidente no retorno do feriado, ou seja, apenas em março”, pontua.

     Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil subiu 0,23% ao longo da semana, de R$ 6,52 para R$ 6,54. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado avançou 0,57%, de R$ 12,11 para R$ 12,18. A carcaça registrou um valor médio de R$ 9,47, ganho de 0,73% frente à semana anterior, de R$ 9,40.

     As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 80,316 milhões em fevereiro (10 dias úteis), com média diária de US$ 8,031 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 33,994 mil toneladas, com média diária de 3,399 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.362,60.

     Em relação a fevereiro de 2020, houve alta de 0,90% no valor médio diário da exportação, ganho de 5,28% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 4,16% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 145,00 para R$ 150,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 6,00. No interior do estado a cotação continuou em R$ 6,80.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração prosseguiu em R$ 6,30. No interior catarinense, a cotação se manteve em R$ 7,20. No Paraná o quilo vivo teve alta de R$ 6,60 para R$ 7,00 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo teve elevação de R$ 6,30 para R$ 6,70.

     No Mato Grosso do Sul a cotação na integração mudou de R$ 5,90 para R$ 6,50, enquanto em Campo Grande o preço avançou de R$ 5,70 para R$ 6,70. Em Goiânia, o preço subiu de R$ 6,85 para R$ 8,10. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 7,50 para R$ 8,00. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 7,60 para R$ 8,10. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis aumentou de R$ 5,35 para R$ 6,00. Já na integração do estado o quilo vivo passou de R$ 5,80 para R$ 6,20.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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