Porto Alegre, 3 de julho de 2020 – O mercado brasileiro de arroz encerrou junho com preços praticamente estáveis, com as cotações perdendo força no início do mês e buscando recuperação na segunda metade do período – acompanhando a força do dólar frente ao real.
Na média do Rio Grande do Sul, estado referência para o Brasil, a indicação de preço ficou em R$ 62,67 por saca de 50 quilos no dia 30 de junho. Em 30 dias, havia queda acumulada de 0,16%. Frente ao mesmo período do ano anterior, a elevação era de 44,93%.
Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, as vendas de arroz em casca às indústrias beneficiadoras no Rio Grande do Sul se enfraqueceram na última semana de junho. “As chuvas no final do mês dificultaram o transporte das propriedades para os engenhos, com a baixa necessidade de caixa por parte de produtores reforçando o cenário mais enfraquecido”, explica. “Assim, os preços oscilaram regionalmente, com ofertas pontuais das indústrias”, acrescenta.
O beneficiamento e as vendas do arroz gaúcho tiveram ritmo mais acelerado a partir de março, atingindo recorde histórico em maio, com praticamente 829 mil toneladas comercializadas, segundo o Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz). Em relação ao mesmo período de 2019, este volume é 33,5% superior. “O recorde em maio pode justificar o menor ritmo de vendas em junho”, lembra Viana. Segundo agentes, as comercializações acima da média podem representar, na prática, um estoque maior no atacado e/ou varejo, o que levaria à uma menor necessidade de novas aquisições.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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