Com quadro de oferta adequado, reajustes nos preços de frango podem ocorrer no curto prazo

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Porto Alegre, 21 de junho de 2024 – O mercado brasileiro de frango registrou preços acomodados para o vivo e levemente mais altos no atacado durante a semana. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, as negociações seguiram evoluindo dentro da normalidade, com sinalizações que oferta está adequado, fator que pode favorecer reajustes no curto prazo.

De acordo com o analista, o cenário atual é favorável para as margens da atividade, considerando que além de preços firmes do vivo, o custo da nutrição está acomodado. “O milho está em viés de queda no país, com agentes do mercado aguardando aumento da oferta, com avanço da colheita da safrinha”, afirmou.

Quanto a Influenza aviária, Iglesias destacou que não houve novidades. São 166 focos da doença registrados no Brasil até o momento, sendo 163 em animais selvagens e apenas 3 focos da doença em aves de fundo de quintal.

No mercado atacadista, a semana prosseguiu apresentando preços firmes, com sinalização de boa reposição entre atacado e varejo. “Contudo, o consumo na ponta final tende a perder um pouco de força até o fechamento do mês devido ao processo de descapitalização das famílias”, ressaltou. “O dólar forte frente ao real também está sendo positivo para exportação, tornando a carne de frango brasileira bastante competitiva no mercado internacional”, concluiu.

Preços internos

Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito teve alta de R$ 9,60 para R$ 9,65, o quilo da coxa de R$ 6,70 para R$ 6,75 e o quilo da asa seguiu em R$ 10,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 9,70 para R$ 9,75, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,85 e o quilo da asa continuou em R$ 10,30.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,70 para R$ 9,75, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 6,85 e o quilo da asa permaneceu em R$ 10,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 9,80 para R$ 9,85, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 6,95 e o quilo da asa ficou em R$ 10,40.

O levantamento mensal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 4,85, e em São Paulo, subiu de R$ 4,80 para R$ 5,00.

Na integração catarinense a cotação do frango caiu de R$ 4,40 para R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação teve baixa de R$ 4,55 para R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, os preços foram de R$ 4,70 para R$ 4,00.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,70, em Goiás em R$ 4,75 e, no Distrito Federal, em R$ 4,80.

Em Pernambuco, o quilo vivo permaneceu em R$ 5,60, no Ceará em R$ 5,70 e, no Pará, em R$ 5,80.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 374,239 milhões em junho (10 dias úteis), com média diária de US$ 37,423 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 210,538 mil toneladas, com média diária de 21,053 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.777,50.

Em relação a junho de 2023, houve baixa de 5,5% no valor médio diário, avanço de 5,5% na quantidade média diária e recuo de 10,5% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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