Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2022 – O mercado brasileiro de arroz voltou a mostrar bastante força. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, os produtores seguem retraídos e a indústria tem dificuldade na reposição de estoques.
Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca de 50 quilos do cereal em casca encerrou o dia 10 de fevereiro cotada a R$ 69,36. Representa uma alta de 3,51% em relação a semana passada, 11,21% mais alto frente ao mesmo período do mês anterior e ainda 21,31% inferior quando comparado ao mesmo período do ano passado.
O quinto levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2021/22 de arroz indica produção de 10,565 milhões de toneladas, o que representa um decréscimo de 10,1% sobre as 11,754 milhões de toneladas de 2020/21. No levantamento anterior, foram 11,380 milhões de toneladas.
A área plantada com arroz na temporada 2021/22 foi estimada em 1,636 milhão de hectares, ante 1,677 milhão semeados na safra 2020/21. A produtividade das lavouras foi estimada em 6.456 quilos por hectare, inferior em 7,9% aos 7.006 quilos por hectare na temporada passada.
O Rio Grande do Sul, principal Estado produtor, deve ter uma safra de 7,424 milhões de toneladas, equivalendo a um recuo de 10,3%. A área prevista é de 957,4 mil hectares, ante 946 mil em 2020/21, com rendimento esperado de 7.755 quilos por hectare, ante 8.750 quilos da anterior.
Em Santa Catarina, a produção deverá totalizar de 1,164 milhão de toneladas, ante 1,254 milhão na safra 2020/21. O estado é o segundo maior produtor do país. Para o Mato Grosso, a Conab está estimando uma safra de 317,8 mil toneladas, ante 422 mil toneladas calculadas para 2020/21.
Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS
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