Porto Alegre, 19 de janeiro de 2024 – O mercado de arroz permanece em um cenário de calmaria, marcado por uma postura cautelosa dos participantes que buscam proteger suas posições. “O ritmo mais lento e os preços nominais indicam uma hesitação generalizada na tomada de decisões, especialmente por parte da ponta vendedora, que opta por não negociar devido à tendência de ascensão dos valores atuais”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira.
A média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou o dia 17 de janeiro a R$ 130,80, apresentando um avanço de 0,72% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma alta de 5,51%. E um aumento de 40,99% quando comparado ao mesmo período de 2023.
Quanto as exportações, poucas alterações são observadas, sendo que os quebrados e o arroz beneficiado permanecem em destaque neste início do ano. Segundo o último relatório de embarques nos portos brasileiros, o line-up, cerca de 24 mil toneladas de quebrados foram embarcadas neste mês rumo a Senegal. Foi confirmada, ainda, a chegada do primeiro carregamento de 30 mil toneladas de arroz 100B proveniente da Tailândia.
No acumulado para a temporada, os registros de exportação de arroz (base casca) permanecem em 1,152 milhão de toneladas (março/janeiro). Em 2023, o acumulado era de 2,034 milhões de toneladas.
Já conforme a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as vendas externas de arroz em casca atingiram apenas 2,2 toneladas até a primeira semana do mês de janeiro, enquanto as exportações do produto beneficiado alcançaram 1,27 mil toneladas no período. Já as importações do cereal beneficiado somaram 9,94 mil toneladas no período, enquanto compras externas para o arroz em casca ainda não foram reportadas.
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Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS
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