Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2021 – O mercado brasileiro de trigo mantém a baixa liquidez interna, com pouca volatilidade das cotações de referência do mercado. Os agentes esperam pelo fim das colheitas das culturas de verão para voltar a ver maior aquecimento. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Jonathan Pinheiro, além disso, a elevação dos fretes neste momento da temporada colabora para a maior dificuldade na realização dos negócios.
Conab
A produção brasileira de trigo em 2021 deverá ficar em 6,437 milhões de toneladas, segundo o quinto levantamento para a safra brasileira de grãos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número é 3,3% superior ao produzido em 2020. Em janeiro, a Conab indicava uma produção de 6,234 milhões de toneladas.
A Conab indica uma área plantada de 2,39 milhões de hectares, alta anual de 2,1%, contra 2,341 milhões em janeiro. A produtividade está projetada em 2.693 quilos por hectare, 1,1% acima do rendimento do ano passado, contra 2.663 quilos por hectare projetados em janeiro.
USDA
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima a safra mundial de trigo em 2020/21 em 773,44 milhões de toneladas, contra 772,64 milhões de toneladas em janeiro. Para 2019/20, o número ficou em 763,93 milhões de toneladas.
Os estoques finais globais em 2020/21 foram estimados em 304,22 milhões de toneladas, abaixo das 313,19 milhões de toneladas estimadas no mês passado. O mercado esperava 312,6 milhões de toneladas. Para 2019/20, as reservas finais são previstas em 300,1 milhões de toneladas.
A produção do cereal nos Estados Unidos em 2020/21 é estimada em 1,826 bilhão de bushels, mesmo volume de janeiro. Para a safra 2019/20, a produção estadunidense ficou em 1,932 bilhão de bushels.
Os estoques finais do país em 2020/21 foram projetados em 836 milhões de bushels, mesmo volume de janeiro e contra 1,028 bilhão de bushels em 2019/20. O mercado esperava 834 milhões de bushels.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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