Com nutrição animal e gripe aviária no radar, preços de frango flertam com estabilidade

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Porto Alegre, 19 de maio de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou acomodação nos preços no frango vivo e reação para os cortes negociados no atacado e na distribuição, se comparados à semana anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, dois aspectos merecem atenção neste momento: nutrição animal e gripe aviária.

De acordo com o analista, a nutrição animal segue em queda. “Em especial o milho, que tem os preços derretendo nas últimas semanas”, disse. “Por fim, a questão sanitária com o aparecimento da Influenza Aviária no Espírito Santo, com aves selvagens contaminadas e com suspeita em seres humanos”, ressalta Iglesias.

Na última quarta-feira (17), O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso suspeito de Influenza Aviária em humanos do Brasil, no estado de Espírito Santo. Na oportunidade, Iglesias frisou que o caso não traria grande impacto do ponto de vista de mercado. “Do ponto de vista sanitário e saúde humana, é outra história”, disse.

“Vale ressaltar, nenhuma das situações impacta no status sanitário do Brasil, que segue como território livre da doença. Os problemas aconteceriam se, porventura, granjas comerciais fossem impactadas”, finaliza o analista.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 380,641 milhões em maio (9 dias úteis), com média diária de US$ 42,293 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 192,790 mil toneladas, com média diária de 21,421 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.974,40.

Em relação a maio de 2022, houve alta de 11,4% no valor médio diário, ganho de 18% na quantidade média diária e recuo de 5,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Preços internos

Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito no atacado subiu de R$ 7,60 para R$ 7,70, o quilo da coxa se manteve em R$ 6,70 e o quilo da asa aumentou de R$ 10,30 para R$ 10,40. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 7,80 para R$ 7,90, o quilo da coxa continuou em R$ 6,90 e o quilo da asa progrediu de R$ 10,45 para R$ 10,55.

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve alta de R$ 7,70 para R$ 7,80, o quilo da coxa permaneceu em R$ 6,80 e quilo da asa teve incremento de R$ 10,40 para R$ 10,50. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve avanço de R$ 7,90 para R$ 8,00, o quilo da coxa teve estabilidade de R$ 7,00 e o quilo da asa subiu de R$ 10,55 para R$ 10,65.

O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo se manteve em R$ 4,80 e em São Paulo em R$ 5,10.

Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,30, na integração do oeste do Paraná em R$ 4,85 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,80.

No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 4,75, em Goiás em R$ 4,80 e no Distrito Federal em R$ 4,80.

Em Pernambuco, o quilo vivo se manteve em R$ 5,50, no Ceará em R$ 5,50 e, no Pará, em R$ 5,60.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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