Com necessidade de importação, preço do arroz sobe 7% em julho

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     Porto Alegre, 31 de julho de 2020 – O mercado brasileiro de arroz vai encerrando o mês de julho com preços bastante aquecidos. Na média do Rio Grande do Sul, estado referência para as cotações do cereal no país, a indicação ficou em R$ 67,05 por saca de 50 quilos no dia 30 de julho, ante R$ 65,60 por saca no dia 23. Em 30 dias, a alta acumulada era de 6,99%. Frente ao mesmo período do ano anterior, o avanço chegava a 56,32%.

     Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, a exportação de arroz deve seguir firme, já que o patamar do dólar traz bastante competitividade no cenário internacional. “E vai obrigar os compradores domésticos a importarem grandes volumes do cereal dos países vizinhos, como Paraguai, Argentina e Uruguai, pelo resto da temporada”, pondera.

     O dólar chegou a perder força nesta semana, oscilando próximo a R$ 5,15. Porém, nesta sexta-feira (30), volta a subir forte, com ganhos de 1% às 11h10, cotado a R$ 5,21, reflexo do fraco desempenho da economia europeia no segundo trimestre.

     O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no segundo trimestre caiu 12,1% na comparação com os três meses anteriores e 15,0% em relação ao segundo trimestre de 2019, segundo dados da leitura preliminar publicada pela agência de estatísticas Eurostat. No primeiro trimestre, o PIB da zona do euro havia recuado 3,6% na comparação trimestral e 3,1% em base anual. As informações são da Agência CMA.

     No cenário internacional, destaque para o adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), que estimou a produção de arroz em casca da Argentina em 1,260 milhão de toneladas em 2020/21, ante 1,240 milhão na temporada anterior. A área total cultivada com o cereal deve atingir 190 mil hectares, ante 186 mil em 2019/20. Levando como base o arroz beneficiado, a produção deve somar em 819 mil toneladas em 2020/21. O consumo total deve somar 450 mil toneladas beneficiadas em 2020/21, ante 475 mil no ano anterior. As exportações devem somar 415 mil toneladas, ante 330 mil na temporada anterior. Os estoques finais devem passar de 249 mil toneladas para 210 mil toneladas.

     Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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