Com menor atratividade da carne suína no mercado, preços caem

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Porto Alegre, 4 de agosto de 2023 – A semana teve fraqueza nos preços tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, os frigoríficos atuam de maneira cautelosa na compra do vivo por conta da situação do atacado.

De acordo com Maia, o atacado conta com escoamento fraco e a reposição entre atacado e varejo está lento ao longo dos últimos dias, principalmente devido ao processo de descapitalização das famílias. “Também há a situação do frango. Agora a proteína já começa a sinalizar melhora, mas os preços seguem bem atrativos frente aos cortes suínos”, pontua.

“O suinocultor aponta que a oferta de animais não está descontrolada, mas diante da situação atual, não é possível brigar por preços”, diz o analista. “Para a primeira quinzena, o cenário deve ser de cotações sustentadas por conta da entrada de salários na economia e pelo Dia dos Pais no final da quinzena”, projeta.

Além disso, Maia explica que o atacado do boi começa a apresentar melhora e, com isso, pode ajudar a carne suína ficar mais atrativa. “Um ponto de cautela é como o frango também vai evoluir na quinzena. Se a proteína encontrar espaço para altas mais expressivas, a carne suína é beneficiada com isso”, ressalta. “Por fim, a exportação brasileira vai bem e deve atingir novamente a marca de 100 mil toneladas, como visto nos últimos meses”, conclui.

Preços

Levantamento de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país recuou 1,19% na semana, passando de R$ 5,73 para R$ 5,67. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado diminuiu de R$ 10,14 para R$ 10,04 e a média da carcaça de R$ 9,14 para R$ 8,94.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo teve baixa de R$ 118,00 para R$ 116,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo se manteve em R$ 5,20 e no interior do estado registrou recuo de R$ 5,95 para R$ 5,80.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração continuou em R$ 5,20. No interior catarinense, o quilo vivo declinou de R$ 5,80 para R$ 5,70, no Paraná de R$ 5,95 para R$ 5,90 no mercado livre e, na integração, teve estabilidade de R$ 5,25.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande permaneceu em R$ 5,60, bem como na integração, onde os preços se mantiveram em R$ 5,10. Em Goiânia, o quilo vivo diminuiu os preços de R$ 6,10 para R$ 6,00, no interior de Minas Gerais de R$ 6,40 para R$ 6,20 e no mercado independente de R$ 6,50 para R$ 6,20. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis seguiu em R$ 5,60 e, na integração do estado, em R$ 5,10.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 233,404 milhões em julho (21 dias úteis), com média diária de US$ 11,114 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 94,176 mil toneladas, com média diária de 4,486 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.478,40.

Em relação a julho de 2022, houve alta de 11,6% no valor médio diário, ganho de 7,2% na quantidade média diária e avanço de 4,1% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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