Com melhora no escoamento, preços do suíno sobem; danos no RS preocupam setor

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Porto Alegre, 10 de maio de 2024 – A semana registrou preços mais altos tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o cenário se deu por conta do escoamento da carne no atacado melhorando, diante das expectativas favoráveis para o consumo na ponta final devido a maior capitalização das famílias e dia das Mães.

“Os cortes concorrentes (bovinos e do frango) apresentam preços sustentados neste momento, fator que pode possibilitar ganho de atratividade da carne suína no curto prazo. Os frigoríficos se mostraram mais ativos nas negociações nesta semana e os suinocultores apontam que a oferta de animais está em processo de ajuste, o que pode contribuir para novos reajustes”, pontuou o analista.

O analista também destacou os danos logísticos no setor da suinocultura no Rio Grande do Sul. Enfrentando mesmo entrave da avicultura, os insumos demoram para chegar nas granjas e os animais não chegam na indústria para realização de abates.

“Até a normalização da situação vai um tempo, não é algo tão simples assim. O impacto do desabastecimento de insumos pode gerar risco alimentar para os suínos, não permitindo a saída dos animais para o abate. Após o curto prazo, ainda temos preocupações voltadas à sanidade animal”, conclui.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve alta de 5,88% na semana, terminando em R$ 6,13. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu de R$ 10,04 para R$ 10,71 (+6,61) e a média da carcaça teve elevação de 10,12%, atingindo R$9,99.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 120,00 para R$ 131,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 5,40 e no interior do estado passou de R$ 5,85 para R$ 6,30.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,40 e no interior catarinense o preço foi de R$ 5,85 para R$ 6,20. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou crescimento de R$ 5,95 para R$ 6,20 no mercado livre e, na integração, ficou estável em R$ 5,35.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve alta de R$ 5,60 para R$ 6,00 e, na integração, os preços seguiram em R$ 5,35. Em Goiânia, os preços tiveram valorização de R$ 6,00 para R$ 6,60. No interior de Minas Gerais, os preços avançaram de R$ 6,40 para R$ 7,30 e, no mercado independente, de R$ 6,40 para R$7,30. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis foi de R$ 5,60 para R$ 6,00 e, na integração do estado, as cotações tiveram estabilidade de R$ 5,30.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 222,756 milhões em abril (22 dias úteis), com média diária de US$ 10,125 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 96,822 mil toneladas, com média diária de 4,401mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.300,70.

Em relação a abril de 2023, houve queda de 5,4% no valor médio diário, ganho de 4,2% na quantidade média diária e retração de 9,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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