Porto Alegre, 11 de dezembro de 2020 – O mercado brasileiro de arroz voltou a perder força nesta semana, reflexo da queda do dólar frente ao real – fato que deixa as importações mais atrativas. Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca encerrou a quinta-feira (10) cotada a R$ 99,10, com quedas de 3,13% em relação a semana passada e de 5,44% ante o mês anterior. Quando comparado ao mesmo período do ano passado, ainda há alta de 108,07%.
Conforme o economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, a área gaúcha de arroz na temporada 2020/21 deve ser elevada em apenas 0,9%. Apesar do incremento na área do arroz, a produtividade em 2020/21 deve ser menor, gerando uma safra de 7,510 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,4% sobre a temporada passada. “Temos menos água reservada para o arroz nesta temporada”, respondeu Antônio da Luz à Agência SAFRAS, acrescentando que muitos produtores tiveram que dar “um banho de água” para plantar. “As lagoas, os reservatórios e os rios estão em níveis baixos”, finalizou.
Para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio Grande do Sul deve ter uma safra de 7,628 milhões de toneladas, equivalendo a um recuo de 3%. A área prevista é de 968,7 mil hectares, ganho de 2,4% ante os 946 mil hectares de 2019/20, com rendimento esperado de 7.875 quilos por hectare, ante 8.316 quilos da anterior.
Sobre os preços, o economista-chefe da Farsul acha difícil estimar até que ponto a cotação do arroz pode cair com a desvalorização do dólar frente ao real, por ser um “livre mercado”.
Rodrigo Ramos (rodrigo@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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