Com frigoríficos ativos e quadro de oferta ajustado, preços da carne suína seguem subindo

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Porto Alegre, 16 de agosto de 2024 – A semana registrou preços firmes tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, o ambiente de negócios envolvendo o vivo segue com boa fluidez, com frigoríficos ativos nas compras e isso em meio a um quadro de oferta ajustada, o que mantém o viés positivo para a evolução das cotações.

“A reposição entre atacado e varejo evoluiu dentro da normalidade, mas a tendência é de desaceleração até o fechamento do mês, considerando que o consumo deve ser afetado pelo processo de descapitalização das famílias”, destacou o analista.

Maia pontuou que os cortes do frango e bovinos (substitutos/concorrentes) estão sustentados no momento, sendo fator positivo para o nível de atratividade de carne suína. “A disponibilidade doméstica de carne suína segue enxuta, com forte exportação contribuindo para esse quadro. Deste modo, os agentes carregam expectativas positivas para a curva de preços e margens”, ressaltou.

Por fim, o analista explicou que os insumos da nutrição animal, como o milho e farelo de soja, estão andando com preços acomodados no interior do país na semana, trazendo também otimismo entre os suinocultores, que vislumbram por ampliação de margens.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve alta de 3,40% na semana, terminando em R$ 7,20. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu de R$ 12,54 para R$ 12,97 (+3,48) e a média da carcaça teve avanço de 3,60%, atingindo R$ 12,06.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 152,00 para R$ 162,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo seguiu em R$ 5,70 e no interior do estado subiu de R$ 7,30 para R$ 7,60.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração continuou em R$ 5,75 e no interior catarinense o preço foi de R$ 7,40 para R$ 7,65. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou avanço de R$ 7,50 para R$ 7,70 no mercado livre e, na integração, ficou estável em R$ 5,35.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande subiu de R$ 6,90 para R$ 7,20 e, na integração, os preços ficaram em R$ 5,70. Em Goiânia, os preços cresceram de R$ 7,80 para R$ 8,30. No interior de Minas Gerais, os preços subiram de R$ 8,00 para R$ 8,50, no mercado independente, o avanço foi de R$ 8,20 para R$ 8,70. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve alta de R$ 6,95 para R$ 7,20 e, na integração do estado, seguiu em R$ 5,65.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 76,504 milhões em agosto (7 dias úteis), com média diária de US$ 10,929 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 31,943 mil toneladas, com média diária de 4,563 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.395,00.

Em relação a agosto de 2023, houve alta de 5,7% no valor médio diário, ganho de 5,0% na quantidade média diária e avanço de 0,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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