Com falta de chuvas para safrinha, cotações do milho seguem recordes

757

    Porto Alegre, 07 de maio de 2021 – O cenário desta semana no mercado brasileiro de milho pouco foi alterado. As cotações seguem em escalada, galgando recordes, com a crescente preocupação com a safrinha. O clima segue com falta de chuvas, e os números esperados para a produção da segunda safra cada vez caem mais.

     Assim, o mercado que já se depara com uma oferta apertadíssima, vai tendo de lidar com a expectativa de um segundo semestre preocupante. E ainda há os temores quanto à safra americana, que se também quebrar pode elevar ainda mais as cotações e dificultar o abastecimento aos consumidores no Brasil, sobretudo produtores de aves e suínos.

     O consultor de SAFRAS & Mercado, Paulo Molinari, indica que os produtores seguem contidos nas vendas diante deste quadro. E ainda há a temporada de frio pela frente, onde o risco de geadas pode agravar ainda mais as perdas da safrinha.

     Embora o dólar tenha se enfraquecido na semana, as cotações vêm subindo muito na Bolsa de Chicago. E isso traz suporte aos preços nos portos, estimulam as exportações, o que encurta a oferta no Brasil. Por isso o risco de uma safra com quebras nos Estados Unidos pode desequilibrar ainda mais o mercado brasileiro, porque a tendência seria de mais exportações e menos milho para o consumo doméstico.

     No balanço dos últimos sete dias, entre a quinta-feira (29 de abril) e esta quinta-feira (06 de maio), o milho no Porto de Santos subiu na compra de R$ 82,00 para R$ 92,00 a saca.

     O preço do milho em Campinas/CIF no mesmo comparativo subiu na venda de R$ 105,00 para R$ 108,00 a saca, alta de 2,9%. Na região Mogiana paulista, o cereal avançou na venda de R$ 103,00 para R$ 105,00 a saca, aumento de 1,9%.

     Em Cascavel, no Paraná, no comparativo semanal, o preço subiu de R$ 105,00 para R$ 109,00 a saca, elevação de 3,8%. Em Rondonópolis, Mato Grosso, a cotação seguiu em 90,00 a saca. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o valor subiu de R$ 102,00 para R$ 103,00 a saca, alta de 1,0%.

     Em Uberlândia, Minas Gerais, as cotações do milho subiram de R$ 97,00 para R$ 100,00 a saca, alta de 3,1%. Em Rio Verde, Goiás, o mercado avançou no comparativo de R$ 95,00 para R$ 97,00 a saca, subindo 2,1%.

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2021 / Grupo CMA