Porto Alegre, 27 de março de 2025 – O mercado brasileiro de milho deve registrar uma melhora nas negociações, na medida que a fixação de oferta evolui em diversas regiões do país. Com maior oferta, os consumidores voltaram a ficar ativos nos negócios, alterando a dinâmica dos preços que estava estagnada nas últimas semanas. No cenário internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em baixa, enquanto o dólar cai frente ao real.
O mercado brasileiro de milho registrou preços fracos nesta quarta-feira, de estáveis a mais baixos. Segundo a Safras Consultoria, o mercado se depara com avanço pontual da oferta em diversas regiões do país. É o que acontece de maneira mais evidente em São Paulo, Minas Gerais e norte do Paraná. Diante do crescimento moderado das ofertas os consumidores conseguem melhorar o posicionamento de seus estoques.
No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 78,00/85,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 78,00/85,00 a saca.
No Paraná, a cotação ficou em R$ 79,00/81,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 90,00/92,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 93,00/95,00 a saca.
No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 79,00/81,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 82,00/84,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 80,00/R$ 82,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 82,00/85,00 a saca em Rondonópolis.
CHICAGO
* Os contratos com entrega em maio de 2025 operaram com alta de 0,75 centavo, ou 0,16%, cotados a US$ 4,52 por bushel.
* Em sessão volátil, a maior parte das posições foi pressionada pela perspectiva de aumento no plantio dos Estados Unidos, mantendo os baixos níveis registrados nas últimas semanas. A fraqueza do dólar frente a outras moedas, por outro lado, sustentou as posições mais próximas e impediu uma continuidade do movimento negativo.
* Os investidores ainda monitoram de perto o relatório de intenção de plantio do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), previsto para 31 de março. As projeções iniciais apontam para um possível aumento da área de milho em detrimento da soja, o que pode influenciar os preços no curto prazo.
* Segundo agências internacionais, muitos traders optam por não realizar grandes movimentações antes da publicação dos relatórios do USDA ou até que haja mais clareza sobre as tarifas, cujo prazo de definição foi estabelecido para 2 de abril pelo presidente Trump.
* A previsão do USDA deve indicar área maior que os 94 milhões de acres apontados na estimativa divulgada em fevereiro, durante o Fórum Anual do Departamento. Pesquisa realiza pela agência Dow Jones indica que o mercado está apostando em número de 94,165 milhões de acres, enquanto a Agência Reuters projeta uma área de 94,361 milhões de acres. No ano passado, os americanos semearam 90,594 milhões de acres. A média das projeções oscila entre 90,4 milhões e 96,6 milhões de acres.
* Os estoques trimestrais norte-americanos de milho na posição 1o de março de 2025 deverão ficar abaixo do número indicado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em igual período do ano passado.
* A projeção é de analistas e corretores entrevistados pelas agências internacionais, que indicam estoques trimestrais de 8,195 bilhões de bushels. O relatório trimestral será divulgado às 13hs da segunda-feira (31). Em igual período do ano anterior, o número era de 8,352 bilhões de bushels.
* Ontem (26), os contratos de milho com entrega em maio fecharam a US$ 4,51 1/4 por bushel, baixa de 6,50 centavos de dólar, ou 1,41%, em relação ao fechamento anterior. A posição julho de 2025 fechou a sessão a US$ 4,59 por bushel, recuo de 6,25 centavos de dólar, ou 1,34%, em relação ao fechamento anterior.
CÂMBIO
* O dólar comercial opera em alta de 0,54%, cotado a R$ 5,7642. O Dollar Index registra desvalorização de 0,20% a 104,34 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, + 0,15. Japão, -0,60%.
* As principais bolsas na Europa operam com índices fracos. Paris, -0,67%. Frankfurt, -1,61%. Londres, -0,78%.
* O petróleo opera com preços mais altos. Maio do WTI em NY: US$ 69,66 o barril (+0,01%)
AGENDA
– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.
– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.
– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.
– Japão: A leitura do índice de preços ao consumidor da capital Tóquio será publicada às 20h30 pelo departamento de estatísticas.
—–Sexta-feira (28/03)
– Reino Unido: A leitura revisada do PIB do quarto trimestre será publicada às 4h pelo departamento de estatísticas.
– Reino Unido: O saldo da balança comercial de fevereiro será publicado às 4h pelo departamento de estatísticas.
– Alemanha: A taxa de desemprego de fevereiro será publicada às 5h55 pelo Destatis.
– A FGV divulga, às 8h, o IGP-M referente a março.
– O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga, às 9h, a Pnad Contínua referente a fevereiro.
– O Ministério do Trabalho divulga o Caged referente a fevereiro.
– EUA: O índice PCE, que mede os gastos individuais, bem como os dados sobre a renda e gastos pessoais de fevereiro serão publicados às 9h30 pelo Departamento do Comércio.
– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News
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