Porto Alegre, 27 de março de 2019 – O mercado físico de boi gordo teve uma semana de recuperação após as perdas expressivas da semana anterior. “O mercado tentou operar de forma normal em meio ao caos provocado pela pandemia de coronavírus”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, os frigoríficos viram suas escalas de abate ficarem mais curtas, o que exigiu uma postura mais agressiva na compra de gado. ” Mas ainda há grande dúvida em relação ao comportamento da demanda de carne bovina no curto e no médio prazo, tanto no que se refere às vendas domésticas como nas exportações”, assinalou.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à vista nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 26 de março:
* São Paulo (Capital) – R$ 195,00 a arroba, contra R$ 180,00 a arroba em 19 de março, subindo 8%.
* Goiás (Goiânia) – R$ 180,00 a arroba, ante R$ 175,00 a arroba (4,5%).
* Minas Gerais (Uberaba) – R$ 188,00 a arroba, contra R$ 178,00 a arroba (5,5%).
* Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 184,00 a arroba, ante R$ 177,00 a arroba (3,9%).
* Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 171,00 a arroba, ante R$ 178,00 a arroba (-3,9%).
Exportações
As exportações de carne bovina “in natura” do Brasil renderam US$ 385,7 milhões em março (15 dias úteis), com média diária de US$ 25,7 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 87,3 mil toneladas, com média diária de 5,8 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.417,70.
Na comparação com fevereiro, houve baixa de 6,4% no valor médio diário da exportação, perda de 5,3% na quantidade média diária exportada e queda de 1,2% no preço. Na comparação com março de 2019, houve ganho de 10,8% no valor médio diário, queda de 6,7% na quantidade média diária e recuo de 18,8% no preço médio.
Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
Copyright 2020 – Grupo CMA