Com demanda interna fraca, exportação de suínos ganha destaque

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      Porto Alegre, 8 de maio de 2020 – O mercado brasileiro de suínos sinalizou um ritmo de negócios um pouco mais fluído após a virada de mês, mas a demanda, de modo geral, permanece enfraquecida. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Allan Maia, em uma semana marcada pelo Dia das Mães, havia uma perspectiva de um escoamento mais efetivo para a carne suína, o que acabou não se confirmando. “Ainda assim, os preços do quilo vivo reagiram um pouco”, comenta.

     Levantamento semanal de SAFRAS & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil passou de R$ 3,82 para R$ 3,88, alta de 1,70%. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu 1,37%, de R$ 8,32 para R$ 8,21. A carcaça registrou um valor médio de R$ 6,34, aumento de 0,30% ante os R$ 6,32 praticados no fechamento da semana passada.

     Maia afirma que o setor ainda é impactado pela lentidão da atividade econômica, com as medidas restritivas utilizadas no combate ao COVID-19 em andamento. “A abertura de restaurantes, shoppings, faculdades e outros estabelecimentos no país segue como um fator chave para a abertura do processo de normalização de vendas e, também, para trazer algum fôlego aos preços ao longo da cadeia”, sinaliza.

     Maia destaca que a exportação brasileira continua apresentando ótimo desempenho, puxada pelas compras chinesas, embora ainda seja insuficiente para absorver todo o excedente de oferta doméstica.

     A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de carne suína fresca, refrigerada ou congelada chegou a US$ 7,669 milhões no acumulado de abril, que contou com 20 dias úteis, com embarques entre os dias 01 e 30.

     Na comparação com a média diária de abril de 2019, de US$ 5,481 milhões, verifica-se alta de 40,47% no valor obtido diariamente pelas exportações de carne suína.

     Nos 20 dias úteis contabilizados em abril até o dia 30, foram exportadas 62,9 mil toneladas de carne suína, com receita total de US$ 153,386 milhões e um preço médio de US$ 2.448,10 por tonelada. Os dados partem da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 79,00 para R$ 80,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 4,10. No interior do estado a cotação passou de R$ 3,60 para R$ 3,65.

     Em Santa Catarina o preço do quilo na integração aumentou de R$ 4,10 para R$ 4,15. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 3,65 para R$ 3,80. No Paraná o quilo vivo seguiu em R$ 3,50 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo continuou em R$ 3,80.

     No Mato Grosso do Sul a cotação na integração permaneceu em R$ 4,10, enquanto em Campo Grande o preço seguiu em R$ 3,70. Em Goiânia, o preço avançou de R$ 3,75 para R$ 4,00. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 4,50 para R$ 4,60. No mercado independente mineiro, o preço subiu de R$ 4,05 para R$ 4,35. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado seguiu em R$ 3,70. Já em Rondonópolis a cotação passou de R$ 3,40 para R$ 3,50.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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