Com demanda firme, mercado de frango registra boa alta em outubro

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     Porto Alegre, 30 de outubro de 2020 – O mercado brasileiro de frango vivo vai fechando a última semana de negócios de outubro com preços em alta. O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, ressalta que esse movimento de valorização foi inferior se comparado às proteínas concorrentes, tanto para o quilo vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição, uma vez que o setor deve registrar no mês um alojamento recorde de frangos.

     “O avanço dos custos de nutrição animal foi um fator marcante ao longo do mês, por conta comportamento de alta do milho e do farelo de soja. Para a primeira quinzena de novembro a tendência é de continuidade do movimento de valorização nos preços do frango, em linha com a entrada dos salários, que é um relevante fator motivador da reposição ao longo da cadeia produtiva”, sinaliza.

     De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram mudanças para os cortes congelados de frango ao longo de outubro. O quilo do peito no atacado passou de R$ 6,20 para R$ 6,60, o quilo da coxa de R$ 6,80 para R$ 7,35 e o quilo da asa de R$ 13,60 para R$ 13,90. Na distribuição, o quilo do peito subiu de R$ 6,40 para R$ 6,80, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 7,55 e o quilo da asa de R$ 13,80 para R$ 14,00.

     Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de alterações nos preços durante o mês. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 6,30 para R$ 6,70, o quilo da coxa de R$ 6,90 para R$ 7,45 e o quilo da asa de R$ 13,70 para R$ 14,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 6,50 para R$ 6,90, o quilo da coxa de R$ 7,00 para R$ 7,65 e o quilo da asa de R$ 13,90 para R$ 14,10.

     Para Iglesias, as exportações permanecem em bom nível em outubro, com a China absorvendo volumes substanciais de proteína animal brasileira. As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 332,637 milhões em outubro (16 dias úteis), com média diária de US$ 20,789 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 246,189 mil toneladas, com média diária de 15,387 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.351,10.

     Na comparação com outubro de 2019, houve baixa de 14,05% no valor médio diário, ganho de 1,16% na quantidade média diária e retração de 15,04% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

     O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo passou de R$ 4,15 para R$ 4,30. Em São Paulo o quilo vivo avançou de R$ 4,10 para R$ 4,25.

     Na integração catarinense a cotação do frango mudou de R$ 3,50 para R$ 3,80. No oeste do Paraná o preço na integração subiu de R$ 3,85 para R$ 4,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 3,85 para R$ 4,00.

     No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango subiu de R$ 4,00 para R$ 4,10. Em Goiás o quilo vivo aumentou de R$ 4,00 para R$ 4,10. No Distrito Federal o quilo vivo avançou de R$ 3,95 para R$ 4,20.

     Em Pernambuco, o quilo vivo aumentou de R$ 4,75 para R$ 5,00. No Ceará a cotação do quilo subiu de R$ 4,75 para R$ 5,00 e, no Pará, o quilo vivo avançou de R$ 4,80 para R$ 5,20.

     Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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