Com Chicago e dólar em direções opostas, mercado de soja deve seguir lento no Brasil

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São Paulo, 16 de fevereiro de 2023 – Com Chicago em leve baixa e dólar com ganhos moderados, o mercado brasileiro de soja deve manter o ritmo lento dos negócios e os preços com variações regionalizadas. Os produtores seguem retraídos, aguardando condições melhores e priorizando o acompanhamento das lavouras.

O mercado teve um dia sem grandes novidades na quarta. Houve redução no volume de negócios. Os preços ficaram de estáveis a mais baixos, acompanhando a retração de Chicago. O dólar teve valorização, o que limitou a queda das cotações no Brasil.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 171,00. Na região das Missões, a cotação estabilizou em R$ 170,00. No Porto de Rio Grande, o preço baixou de R$ 180,00 para R$ 178,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço caiu de R$ 167,50 para R$ 167,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca desvalorizou de R$ 173,50 para R$ 173,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 159,50. Em Dourados (MS), a cotação recuou de R$ 158,00 para R$ 157,00. Em Rio Verde (GO), a saca se manteve em R$ 153,00.

CHICAGO

* Os contratos da soja com vencimento em março operam com baixa de 0,06% a US$ 15,24 3/4 por bushel.

* O mercado chegou a subir mais cedo, buscando uma recuperação frente às duas últimas sessões. Mas não se sustentou e perdeu força, pressionado pelo avanço da colheita no Brasil.

* Os investidores aguardam as exportações semanais norte-americanas, que saem às 10h30 (horário de Brasília). As vendas devem variar de 400 mil a 1 milhão de toneladas.

PRÊMIOS

* Os preços FOB da soja recuaram na quarta no mercado brasileiro, seguindo o desempenho dos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago e apesar da recuperação dos prêmios para embarques mais próximos. Com a recente queda nos preços domésticos, as vendas travaram e o prêmio subiu. Houve uma melhora na atividade nos portos.

* Os prêmios de exportação da soja estavam em -5 a +15 sobre Chicago no final da quarta no Porto de Paranaguá, para fevereiro. Para março, o prêmio era de +1 a +6. Para abril de 2023, o prêmio estava em 7 a 9 pontos acima, conforme dados de SAFRAS & Mercado.

* O preço FOB (flat price) para março ficou entre US$ 558,70 e US$ 560,50 a tonelada na quarta-feira. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 560,30 e R$ 564,00.

CÂMBIO

* O dólar comercial registra alta de 0,17% a R$ 5,227. O Dollar Index recua 0,22% a 103,69 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, -0,96%; Tóquio, +0,71%.

* As principais bolsas na Europa operam firmes. Paris, +1,05%; Frankfurt, +0,44%; Londres, +0,2%.

* O petróleo registra ganhos. O WTI para março sobe 0,11% para R$ 78,67 o barril.

AGENDA

– EUA: O índice de preços ao produtor de janeiro será publicado às 10h30 pelo departamento do Trabalho.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 10h30.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados das lavouras no Rio Grande do Sul – Emater, na parte da tarde.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (17/02)

– Alemanha: O índice de preços ao produtor de janeiro será publicado às 4h pelo Destatis.

– O Imea divulga relatório sobre a evolução das lavouras no Mato Grosso.

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Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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