Com boa evolução na reposição entre atacado e varejo, preços de frango seguem acomodados

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Porto Alegre, 14 de junho de 2024 – A semana registrou preços mais altos tanto no quilo vivo quanto nos principais cortes de carne suína do atacado. Segundo o analista de Safras & Mercado, Allan Maia, os negócios envolvendo o vivo acontecem de maneira fluída em grande parte do país, como é o caso de São Paulo, em meio a um nível de oferta equilibrado.

De acordo com o analista, há a sinalização que a reposição entre atacado e varejo está avançando bem e, com isso, os frigoríficos mostram uma postura mais ativa na compra do suíno. “O consumo na ponta final deve avançar bem nos próximos dias, mas pode perder um pouco de força a partir do dia 20, considerando o processo de descapitalização das famílias”, afirma.

“Um ponto que merece atenção é a situação da carne bovina no país, que vem patinando devido a oferta elevada, fator que pode impactar a atratividade da carne suína, assim como a decisão de escolha da população”, pontua Maia.

Em relação ao dólar, o fortalecimento da moeda está no radar dos agentes, chegando a ultrapassar a marca dos R$ 5,40 no dia. “O dólar mais forte é favorável para a exportação, tornando a carne suína brasileira mais competitivo no mercado global”, conclui o analista.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo no país teve alta de 3,96% na semana, terminando em R$ 6,04. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado subiu de R$ 10,50 para R$ 11,13 (+5,99) e a média da carcaça teve avanço de 4,14%, atingindo R$ 10,23.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 130,00 para R$ 134,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 5,40 e no interior do estado passou de R$ 6,25 para R$ 6,50.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 5,40 e no interior catarinense o preço foi de R$ 6,10 para R$ 6,40. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou acréscimo de R$ 6,25 para R$ 6,45 no mercado livre e, na integração, ficou estável em R$ 5,35.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve alta de R$ 5,95 para R$ 6,35 e, na integração, os preços seguiram em R$ 5,35. Em Goiânia, os preços tiveram valorização de R$ 6,40 para R$ 6,90. No interior de Minas Gerais, os preços subiram de R$ 6,70 para R$ 7,30 e, no mercado independente, o avanço foi de R$ 6,90 para R$ 7,40. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis foi de R$ 5,90 para R$ 6,35 e, na integração do estado, as cotações tiveram estabilidade de R$ 5,30.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 53,648 milhões em junho (5 dias úteis), com média diária de US$ 10,729 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 23,166 mil toneladas, com média diária de 4,633 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.315,80.

Em relação a junho de 2023, houve queda de 9,1% no valor médio diário, alta de 0,3% na quantidade média diária e retração de 9,7% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Safras News

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