Porto Alegre, 16 de junho de 2023 – O mercado brasileiro de arroz seguiu enfrentando dificuldades na reação dos preços e encerrou a primeira quinzena do mês de junho bastante arrastado. “Os orizicultores adotam uma postura cautelosa, aguardando por melhores condições antes de realizar suas vendas”, explica o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira. “Apesar da fraqueza do dólar, que registrou perdas acumuladas nos últimos pregões e chegou a ser cotado abaixo de R$ 4,80, os embarques de arroz continuam apresentando um bom ritmo”, pondera.
Segundo o relatório de embarques nos portos brasileiros, o line-up, há cerca de 62,6 mil toneladas programadas para a segunda quinzena de junho, enquanto aproximadamente 76,7 mil toneladas já foram efetivamente embarcadas. No mercado doméstico, o consumo interno segue dentro da normalidade, sem demonstrar sinais significativos de reação.
De março a junho, o line-up projeta o embarque de 434 mil toneladas, contra 631,294 mil toneladas em igual período do ano passado. De março a maio, a Secretaria do Comércio Exterior indica o embarque de 389,450 mil toneladas, ante 418,314 mil em igual período do ano passado.
Segundo o analista, os principais destinos dos embarques são o Senegal, México e El Salvador. “Grande destaque para as exportações do cereal em casca, responsável por aproximadamente 60% dos embarques na temporada, ao passo que as vendas externas do produto beneficiado e quebrado estão cerca de 30% inferiores ao mesmo período da temporada anterior”, destaca.
A média da saca de arroz de 50 quilos no Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, fechou a quinta-feira (15) cotada a R$ 81,52, apresentando um avanço de 0,45% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma queda de 5%. E um aumento de 12,89% quando comparado ao mesmo período de 2022.
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Rodrigo Ramos/ Agência SAFRAS
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