Porto Alegre, 3 de novembro de 2023 – O mercado brasileiro de frango registrou alta predominante nos preços tanto para o frango vivo quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição em outubro, se comparados ao mês anterior. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado apresentou um período de alta nas cotações da carne de frango no atacado. “Os preços do frango vivo, por sua vez, aparentam ter encontrado um ponto de equilíbrio”.
De acordo com Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir por alguma alta dos preços no curto prazo. O analista pontua como algo compreensível, diante do ápice do consumo no mercado interno. “É de se considerar a incidência do 13o salário e demais bonificações inerentes ao período, além da criação dos postos temporários de emprego, que também motiva a demanda”, destaca.
“Ressaltando que a carne de frango ainda dispõe da preferência de grande parcela da população brasileira, em especial quando se trata das famílias que possuem renda entre um e dois salários-mínimos”, pontua Iglesias.
O analista finaliza afirmando que, em relação as exportações, o desempenho é bastante positivo na temporada. “O país caminha para um recorde de embarques. O cerne do problema está nos preços pagos pela carne de frango no mercado internacional, mesma situação é válida para as demais proteínas”, conclui.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 662,175 milhões em outubro (21 dias úteis), com média diária de US$ 31,532 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 374,536 mil toneladas, com média diária de 17,835 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.768,00.
Em relação a outubro de 2022, houve queda de 20,2% no valor médio diário, baixa de 6,6% na quantidade média diária e recuo de 14,6% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
Preços internos
Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango tiveram mudanças ao longo do mês. O preço do quilo do peito no atacado teve aumento de R$ 8,35 para R$ 9,00, o quilo da coxa teve recuo de R$ 7,10 para R$ 7,00 e o quilo da asa avançou de R$ 11,30 para R$ 11.70. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve alta de R$ 8,70 para R$ 9,20, o quilo da coxa decaiu de R$ 7,30 para R$ 7,20 e o quilo da asa passou de R$ 11,60 para R$ 11,90.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário do mês também apresentou alterações nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito teve elevação de R$ 8,45 para R$ 9,10, o quilo da coxa desvalorizou de R$ 7,20 para R$ 7,10 e quilo da asa subiu de R$ 11,40 para R$ 11,80. Na distribuição, o preço do quilo do peito teve valorização de R$ 8,80 para R$ 9,30, o quilo da coxa teve baixa de R$ 7,40 para R$ 7,30 e o quilo da asa teve elevação de R$ 11,70 para R$ 12,00.
O levantamento mensal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo registrou estabilidade de R$ 5,00 e, em São Paulo, de R$ 5,00.
Na integração catarinense a cotação do frango ficou em R$ 4,40. Na integração do oeste do Paraná, a cotação continuou em R$ 4,50 e na integração do Rio Grande do Sul em R$ 4,80.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango se manteve em R$ 4,95, em Goiás em R$ 5,00 e no Distrito Federal em R$ 5,00.
Em Pernambuco, o quilo vivo teve estabilidade de R$ 5,20, no Ceará de R$ 5,20 e, no Pará, de R$ 5,10.
Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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