Porto Alegre, 7 de outubro de 2022 – O mercado brasileiro de frango encerra a primeira semana de outubro com forte desvalorização no quilo vivo e de majoritária desvalorização nas cotações dos principais cortes negociados no atacado e distribuição. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, o mercado de frango vivo se encontra fragilizado no momento. “As integradoras da Região Sul estão disponibilizando seus excedentes no mercado mineiro, o que tem resultado em maior queda dos preços nos estados”.
Segundo o analista, os custos de nutrição animal exercem ainda mais pressão sobre a margem dos granjeiros, em um momento de queda generalizada nas cotações. As exportações, porém, permanecem em ótimo nível e com o Brasil seguindo em rumo a um recorde histórico de embarques de frango.
As exportações brasileiras de carne de frango (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) geraram receita de US$ 830,1 milhões em setembro, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número é 13,6% superior ao registrado no mesmo período de 2021, com US$ 730,5 milhões. Os embarques de setembro alcançaram 400 mil toneladas, volume 4,4% menor que o efetivado no nono mês do ano passado, com 418,5 mil toneladas.
Desde março, o setor tem mantido média de exportações acima de 400 mil toneladas mensais. A manutenção da forte demanda internacional pelo produto brasileiro é refletida também na média dos preços mensais, que está 19% acima do que vimos em 2021, analisa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
No ano, as exportações do setor totalizaram 3,666 milhões de toneladas, volume 5,8% superior ao acumulado entre janeiro e setembro de 2021, com 3,466 mil toneladas. Em receita, a alta alcança 31,1%, com US$ 7,373 bilhões nos nove primeiros meses deste ano, contra US$ 5,623 bilhões no mesmo período do ano passado.
De acordo com levantamento de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango, de modo geral, desceram ou se mantiveram estáveis ao longo da semana. O preço do quilo do peito recuou de R$ 10,40 para R$ 10,00. O quilo da coxa se manteve em R$ 7,60 e o quilo da asa em R$ 10,80. Na distribuição, o preço do quilo do peito diminuiu de R$ 10,60 para R$ 10,20. O quilo da coxa continuou em R$ 7,80 e o quilo da asa em R$ 11,00.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário na semana foi de preços estáveis a mais baixos. No atacado, o preço do quilo do peito teve perdas de R$ 10,50 para R$ 10,10. O quilo da coxa se manteve em R$ 7,70 e quilo da asa em R$ 10,90. Na distribuição, o preço do quilo do peito recuou de R$ 10,70 para R$ 10,30. O quilo da coxa teve estabilidade de R$ 7,90 e o quilo da asa de R$ 11,10.
O levantamento semanal realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo passou de R$ 5,50 para R$ 5,20. Em São Paulo o quilo recuou de R$ 5,60 para R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango se manteve em R$ 5,00. No oeste do Paraná o preço retrocedeu de R$ 5,50 para R$ 5,40. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo caiu de R$ 5,50 para R$ 5,30.
No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango baixou de R$ 5,45 para R$ 5,15. Em Goiás o quilo vivo diminuiu de R$ 5,45 para R$ 5,15. No Distrito Federal o quilo vivo mudou de R$ 5,50 para R$ 5,20.
Em Pernambuco, o quilo vivo teve recuo de R$ 6,00 para R$ 5,70, o Ceará de R$ 5,90 para R$ 5,70 e, no Pará, de R$ 6,20 para R$ 5,90.
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Pedro Carneiro (pedro.carneiro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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