Porto Alegre, 7 de fevereiro de 2020 – Com o avanço da colheita, as atenções dos produtores brasileiros de soja se voltam para o acompanhamento da lavoura. A comercialização segue em segundo plano, até porque as condições do mercado não favorecem a retomada dos negócios, que permanecem apenas pontuais.
Os produtores brasileiros de soja deverão colher 124,554 milhões de toneladas em 2019/20, com crescimento de 4,4% na comparação com o ano anterior, quando a safra ficou em 119,306 milhões de toneladas. A projeção faz parte do mais recente levantamento de SAFRAS & Mercado.
No relatório anterior, divulgado em 10 de janeiro, SAFRAS apostava em produção de 123,589 milhões de toneladas.
SAFRAS trabalha com área de 37,072 milhões de hectares, com aumento de 1,9% sobre o ano anterior e batendo novo recorde. No ano passado, a área ocupou 36,384 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 3.377 quilos por hectare, superando o rendimento médio de 3.296 quilos obtido no ano passado.
Foram feitos apenas ajustes finos positivos nas produtividades médias esperadas para alguns estados produtores da região Centro-Oeste, além de um pequeno ajuste positivo no tamanho da área semeada no principal estado produtor do país.
“A evolução da colheita, embora em um ritmo mais lento que a média normal para essa época do ano em nível país, começou a revelar produtividades acima do esperado no Mato Grosso e em Goiás”, aponta o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque.
Segundo ele, tal fato embasa o aumento nas produtividades médias esperadas para estes estados. “O excesso de chuvas registrado em alguns estados da faixa central do país em janeiro não chegou a afetar de forma relevante a maior parte das lavouras, embora alguns grãos estejam registrando uma umidade excessiva”, completa o consultor.
No Rio Grande do Sul e na Bahia, o retorno da umidade registrado em janeiro foi positiva para parte das lavouras que sofreram com a estiagem no final de 2019 e início de 2020, trazendo certa recuperação para as plantas e impedindo o avanço das perdas. “O Brasil está consolidando a colheita de uma nova safra recorde”, conclui Roque.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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