Porto Alegre, 24 de setembro de 2020 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em forte baixa. O mercado enfileirou a quarta sessão de baixa, com fundos se desfazendo de posições e acelerando o movimento de realização com base em fatores técnicos.
O avanço da colheita nos Estados Unidos traz pressão sazonal, com as cotações recuando no mercado físico. O aumento da oferta serve de pretexto para os fundos embolsarem lucros, após as cotações atingirem os maiores níveis em dois anos na semana passada.
O mercado financeiro também tem contribuído para a correção. Em meio às preocupações com os novos casos de coronavírus, os investidores procuram por opções mais seguras e saem do mercado de commodities.
Em termos fundamentais, o cenário segue positivo. Apesar do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não ter anunciado novas vendas por parte dos exportadores privados hoje – após uma longa série de operações diárias, os números para as exportações semanais americanas superaram as expectativas.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2020/21, com início em 1 desetembro, ficaram em 3.194.700 toneladas na semana encerrada em 17 de setembro. A China liderou as importações, com 1.879.100 toneladas. Os analistas esperavam exportações entre 1,6 milhão e 3 milhões de toneladas.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 14,50 centavos ou 1,42% em relação ao fechamento anterior, a US$ 10 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,03 1/4 por bushel, com perda de 15,50 centavos ou 1,52%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 8,10 ou 2,35% a US$ 336,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 32,41 centavos de dólar, baixa de 0,39 centavo ou 1,18%.
Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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