Porto Alegre, 28 de março de 2024 – Os preços do arroz no mercado brasileiro estiveram pressionados pela colheita neste mês de março. Segundo o analista de Safras & Mercado, Evandro Oliveira, o período foi de importações maiores do que as exportações, o que também pressionou os preços. Apenas os grãos quebrados estão sendo exportados.
A liquidez no período foi mínima, com os produtores focados nas lavouras. Nas últimas semanas, os temporais no Rio Grande do Sul foram um elemento de incerteza sobre o mercado. Em geral, os preços ficaram estáveis em torno de R$ 100 a saca.
A queda no consumo tem feito o varejo pressionar a indústria, conforme Oliveira.
A última semana de março foi marcada pelo ritmo lento, condicionado pelo feriado nacional da Sexta-Feira Santa, com poucas mudanças nos preços. “As adversidades climáticas na Fronteira Oeste gaúcha continuaram a afetar a produção, resultando em rendimentos abaixo do esperado em algumas áreas, devido ao acamamento das lavouras”, disse.
A pressão por preços mais baixos persistiu, levando algumas indústrias a cederem na tentativa de repor estoques durante o pico da safra. No entanto, os recentes eventos climáticos limitaram a oferta por parte dos produtores, o que impediu uma queda mais acentuada nas cotações.
“O mercado permanece cauteloso diante das incertezas relacionadas a clima e oferta, o que orientará as tendências de preços nas próximas semanas”, salientou o analista.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência Safras
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