Porto Alegre, 26 de maio de 2023 – Ainda em fase inicial, a colheita da safra brasileira de café 2023/24 segue em ritmo lento. E isso vem garantindo sustentação às cotações futuras do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e especialmente do robusta em Londres, onde os preços bateram nos níveis mais altos em 15 anos. Claro que há o peso sazonal da entrada da safra brasileira e isso é um aspecto de pressão negativa sobre os preços. Mas, a lentidão neste princípio de colheita é um fator de suporte.
A colheita da safra brasileira de café 2023/24 alcançou 12% até o dia 23 de maio. É o que indica o levantamento semanal de SAFRAS & Mercado, mostrando avanço de 3 pontos percentuais em relação à semana passada, quando os trabalhos estavam em 9%. A colheita está atrasada em relação a igual período do ano passado (13%) e em relação à média normal para o período (15%).
Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, a colheita de café no Brasil ainda anda de forma lenta, com ritmo compassado no conilon e início tímido no arábica. “O clima mais seco deve ajudar no andamento dos trabalhos, especialmente em Rondônia”, comenta.
A colheita de arábica compreende 7% da safra, contra 8% em igual época do ano passado e 10% da média dos últimos 5 anos para o período. Já os trabalhos com conilon estão mais adiantados e chegam a 21% da safra, contra 22% em igual época do ano passado e 26% de média.
Com isso, SAFRAS estima que já foram colhidas 7,78 milhões de sacas, de uma produção apontada em 66,65 milhões de sacas. A colheita do arábica está em 2,92 milhões de sacas de uma safra estimada em 43,5 milhões de sacas, e os trabalhos no conilon alcançam 4,86 milhões de sacas, de uma safra avaliada em 23,15 milhões de sacas.
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Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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