Colheita de café ganha ritmo no Brasil, mas ainda com atraso

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     Porto Alegre, 19 de junho de 2020 – A colheita de café da safra brasileira 2020/21 vai ganhando ritmo, mas ainda demonstra atrasos em relação ao ano passado e média normal. Segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, a colheita estava em 34% até o dia 16 de junho. Na semana anterior, o índice era de 27%.

     Como SAFRAS & Mercado estima uma safra recorde em 2020/21 de 68,1 milhões de sacas de 60 quilos, o percentual colhido equivale a 23,20 milhões de sacas até o dia 16. A colheita está atrasada em relação ao ano passado, quando 46% da safra estava colhida neste período. Os trabalhos também estão atrasados frente à média dos últimos 5 anos, que é de 38%.

     Segundo o consultor de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, os trabalhos de colheita ganharam um pouco mais de intensidade. Mas, mesmo assim, seguem bem atrasados em relação a igual período do ano passado. “O tamanho da safra (recorde), especialmente, mas também o protocolo do coronavírus contribuem para a lentidão dos trabalhos”, diz.

     No caso do arábica, a colheita chega a 26% da safra, contra 38% em igual época do ano passado e 29% na média dos últimos 5 anos. E destaque para o bom avanço na colheita de conilon que alcança 54% da produção. Mesmo assim, continua bem abaixo de igual período do ano passado (62%) e também da média dos últimos 5 anos (65%).

Exportações

    As exportações brasileiras de café em grão em junho chegaram a 1.107.152 sacas de 60 quilos no acumulado do mês até o dia 14, com nove dias úteis computados (média diária de 123.017 sacas), com receita chegando a US$ 135,240 milhões (média diária de US$ 15,026 milhões), e preço médio de US$ 122,15 por saca.

     A receita média diária obtida com as exportações de café em grão em junho é 11,06% menor no comparativo com a média diária de junho de 2019, que fora de US$ 16,895 milhões. Já o volume médio diário embarcado é 17,29% menor que o de junho de 2019, que tinha o registro de 148.727 sacas diárias de média. As informações partem da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

     Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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