A colheita da safrinha de milho em Goiatuba, no sul de Goiás, iniciou nos últimos dias e atinge 15% da área plantada de 22 mil hectares. Quem informa é a Emater local.
O engenheiro-agrônomo Alceu Marques Filho salienta que o rendimento médio das lavouras está bastante variado até o momento, oscilando entre 3.600 quilos e 5.400 quilos por hectare, mas bem aquém dos 6.000 quilos por hectare normalmente colhidos. O desempenho mais elevado envolve as lavouras cultivadas até 15 de fevereiro, que ainda foram beneficiadas por precipitações em abril quando estavam na fase de enchimento de grãos. Para as lavouras plantadas a partir dessa data, o rendimento já se mostrou menor, pois não choveu em maio e junho, o que comprometeu o desenvolvimento das lavouras.
Por conta da seca e do ataque da cigarrinha, está havendo uma queda muito grande de milho, o que levou os produtores a anteciparem a colheita, para evitar prejuízos ainda maiores. Normalmente a ceifa ocorre nos meses de julho e agosto, mas, ao que tudo indica, deve ser concluída já no próximo mês.
No momento, os produtores têm procurado colher o milho com umidades entre 14% e 18%, pois há risco de perdas ainda maiores nos grãos caso eles fiquem por mais tempo nas lavouras. Diante dos efeitos da seca, a tendência é de que produtividade média final do milho safrinha em Goiatuba fique em 4.800 quilos por hectare.
De acordo com o mais recente levantamento de Safras & Mercado, a safrinha de milho de Goiás em 2024 é estimada em 15,241 milhões de toneladas, abaixo das 15,980 milhões de toneladas colhidas na temporada 2023. A área cultivada deve decrescer 3,9%, passando de 2,448 milhões de hectares para 2,353 milhões de hectares. O rendimento médio das lavouras é estimado em 6.477 quilos por hectare, aquém dos 6.526 quilos por hectare registrados na temporada anterior. A colheita no estado atingia 19,1% da área até o dia 21 de junho.
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Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News
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