Porto Alegre, 02 de junho de 2021 – A colheita da safra 2021 de café iniciou na área de atuação da Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas (Cocapec) iniciou no período habitual, dentro da normalidade. Em entrevista à Agência SAFRAS, o diretor comercial da Cocapec, Saulo Faleiros, disse que a colheita deverá começar a tomar corpo a partir da segunda quinzena de junho. “A colheita na Mogiana sempre inicia no final de maio e começo de junho. Agora o café está muito verde ainda, logo não temos muitas máquinas no campo ainda”, apontou.
A Cocapec atende mais 15 municípios da região da Alta Mogiana atendidos por sua matriz (Franca) e núcleos nas cidades de Capetinga, Claraval, Ibiraci e São Tomás de Aquino no Estado de Minas Gerais; e Cristais Paulista e Pedregulho em São Paulo.
No ano de 2020, ano de carga alta e de recorde produtivo, a produção de café na área de atuação da Cocapec foi de cerca de 2,9 milhões de sacas, enquanto o recebimento da cooperativa foi de 1,8 milhão de sacas. Em anos ímpares, normalmente há uma queda de 50% na produtividade por conta do ciclo bianual da cultura do café arábica. Em 2021, ano marcado por prolongada estiagem, haverá uma queda adicional de 10% a 15%.
A comercialização da safra 2021 e de 2022 está ganhando impulso com os preços recordes do café na região. Nos últimos dias, com os preços futuros batendo em US$ 1,65 na Bolsa de Nova York e com o dólar na casa de R$ 5,20, houve negócios na faixa de R$ 915,00 para a saca do café arábica tipo 6. Em comparação com o início da safra 2020, os preços estavam na casa de R$ 520,00, houve uma alta de 76% nos preços. “O produtor tem se protegido e usado as ferramentas de vendas futuras. O mesmo tempo, mantém a cautela, já que os preços estão muito bons, mas há riscos climáticos diante de um severo déficit hídrico. Aquele que está com o café em mãos, vai segurando na medida do possível”, disse Faleiros.
Com isso, cerca de 30% a 35% da safra 2021 já está comprometida na área de atuação da Cocapec. Para 2022, o índice de produção vendido chega a 25%. “Aquele produtor que vendeu antecipado, quando o café estava na faixa de 700 reais, se protegeu de uma possível queda no preço. Ou seja, não fez um mau negócio, e agora está aproveitando para melhorar suas médias de preços de venda”, assinalou o diretor comercial da Cocapec.
Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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