Porto Alegre, 13 de novembro de 2023 – Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços em forte alta. A preocupação com o clima no Brasil, a disparada do farelo e mais indícios de demanda aquecida pelo produto americano sustentaram as cotações.
As condições climáticas segue sendo motivo de preocupação para a evolução da semeadura no Brasil. No sul, seguem as chuvas excessivas, enquanto no restante do país a falta de precipitações e as temperaturas elevadas persistem.
O farelo de soja liderou os ganhos. Segundo o analista e consultor de SAFRAS & Mercado, Gabriel Viana, são três fatores principais que fazem o farelo disparar mais de 5% nos contratos mais próximos.
O primeiro é a oferta apertada para esmagamento na Argentina. A soja escassa por lá deve perdurar até fevereiro do ano que vem, destaca o analista. Outro fator é a demanda chinesa aquecida. Completa o quadro positivo aos preços o clima adverso em importantes regiões produtoras do Brasil, que deve atrasar a entrada da safra.
Completando o cenário positivo, os exportadores privados americanos anunciaram a venda de 204 mil toneladas do grão para a China.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 35,00 centavos ou 2,59% a US$ 13,82 1/2 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 13,05 por bushel, ganho de 34,25 centavos de dólar, ou 2,51%, na comparação com o dia anterior.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com alta de US$ 19,70 ou 4,38% a US$ 469,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 51,54 centavos de dólar, com alta de 0,34 centavo ou 0,66%.
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Dylan Della Pasqua (dylan@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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