Porto Alegre, 26 de abril de 2024 – De acordo com o alerta agroclimático da Rural Clima, as chuvas na semana que vem ficarão concentradas a região Norte do Brasil, pegando áreas do Acre, Amazônia, Pará, Rondônia e a faixa mais ao norte do Mato Grosso. Há previsão de chuvas também em toda a faixa litorânea do Nordeste.
Segundo o agrometeorologista Marco Antonio dos Santos, na tarde de hoje, uma frente fria começa a avançar pelo Sul do Brasil, pegando o Uruguai e toda a faixa leste do Rio Grande do Sul. O restante do Brasil seguirá influenciado por uma massa de ar quente e seca, impedindo o avanço da frente fria.
No final de semana, a zona de convergência ainda deixará o tempo bastante estável sobre toda a faixa norte do Brasil, pegando áreas do norte de Mato Grosso, Rondônia e parte do Maranhão.
Entre o sábado e o domingo, a frente fria se espalha por todo o Rio Grande do Sul, podendo provocar chuvas torrenciais. Mas explica, no entanto, que por conta das temperaturas mais baixas do Atlântico Sul, a frente fria não consegue avançar para as demais regiões do Brasil e deverá perder força.
Já no Tocantins, Maranhão, Piauí, Pará, Amazonas, Rondônia e toda a faixa oeste e norte de Mato Grosso tende a haver muita nebulosidade. No restante do Brasil o tempo segue aberto e temperaturas muito altas por conta do bolsão de ar quente que vai estar sobre o Brasil Central.
No Paraná e em Mato Grosso do Sul, há uma incerteza quanto à ocorrência de chuvas. As precipitações eram esperadas pelo modelo americano inicialmente para o dia 1o de maio, mas agora estão previstas somente no dia 4, quando uma frente fria conseguirá romper o bloqueio atmosférico. Já o modelo europeu, por outro lado, retirou totalmente a previsão de chuvas para essas regiões na próxima semana.
De acordo com Santos, o fato é que, independentemente do modelo, caso essas chuvas venham a ocorrer no final da próxima semana sobre o Paraná e o Mato Grosso do Sul e, até mesmo em algumas áreas do Mato Grosso, de Goiás e do interior de São Paulo, serão extremamente pontuais. Então é preciso cautela para o início do plantio de trigo e atenção para o milho.
Ao longo de maio, a tendência é que as chuvas continuem muito concentradas no sul, especialmente sobre o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul e leste do Paraná e no extremo norte do Brasil, por conta ainda da zona de convergência, ou seja, pegando todo o Acre, Amazonas, Pará, Roraima e Amapá, bem como também o norte do Matopiba e a faixa leste do Nordeste. Já toda a grande parte do Sudeste e Centro-Oeste deverão ter pouquíssimas chuvas e em volumes irregulares.
Paraguai
De acordo com a meteorologista Ludmila Camparotto, uma frente fria que avança em direção ao Rio Grande do Sul poderá provocar chuvas sobre o sul do Paraguai entre o domingo e a segunda-feira, que poderão ser mais intensas, prejudicando o trabalho de colheita.
Já na primeira semana de maio, um novo sistema deve atuar sobre o Paraguai e provocar chuvas no sul e na faixa central do país. Na região do Chaco até pode haver algumas precipitações, embora de forma mais irregular.
No que tange às temperaturas, a virada de abril para maio tende a ser marcada pelo calor no Paraguai, especialmente na região do Chaco, com máximas ao redor de 35 graus, o que pode trazer impactos nas lavouras.
Ludmila acrescenta que a tendência é de que haja uma diminuição das chuvas pelo Paraguai ao longo de maio, que deverão ficar mais concentradas no sul do país.
Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Safras News
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