Porto Alegre, 1o de junho de 2021 – A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços acentuadamente mais altos. O mercado foi impulsionado pela previsão de clima seco adverso sobre as lavouras dos Estados Unidos e do Canadá nas próximas duas semanas. Além disso, as perdas na safrinha brasileira também contribuíram para a forte valorização. Sinais de boa demanda para o cereal norte-americano atuaram positivamente.
Na última sexta-feira, SAFRAS & Mercado estimou a produção da segunda safra 2021 de milho do Brasil em 61,592 milhões de toneladas, baixa ante as 70,788 milhões de toneladas indicadas no mês de abril e as 73,478 milhões de toneladas colhidas no ano passado. O reajuste se deve a perdas ainda maiores no potencial produtivo da safrinha no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais, conforme o analista da SAFRAS Consultoria, Paulo Molinari.
As inspeções de exportação norte-americana de milho chegaram a 2.049.217 toneladas na semana encerrada no dia 27 de maio, conforme relatório semanal divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O mercado esperava o número em 1,75 milhão de toneladas. Na semana anterior, haviam atingido 1.476.162 toneladas. Em igual período do ano passado, o total inspecionado foi de 1.192.384 toneladas.
Os contratos de milho com entrega em julho/21 fecharam a US$ 6,88 3/4, alta de 32,00 centavos de dólar, ou 4,87%, em relação ao fechamento anterior. A posição setembro de 2021 fechou a sessão a US$ 6,02 por bushel, ganho de 28,75 centavos de dólar, ou 5,01%, em relação ao fechamento anterior.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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