Porto Alegre, 26 de janeiro de 2024 – Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Evandro Oliveira, os compradores iniciaram a semana testando os vendedores na tentativa de reduzir preços. Com isso, quem ainda tem algum lote disponível para comercialização acabou cedendo.
“O mês de fevereiro tende a ser um mês ‘morto’ devido aos feriados. As empresas ficam fora do mercado e pouca coisa acontece. Em março, começa a colheita. A maior oferta cria uma tendência de retração nas cotações. Por isso, nesse fim de janeiro há uma maior presença de vendedores tentando liquidar lotes, mesmo que com algum desconto”, disse.
Com essas pressões, a média da safra gaúcha teve uma leve queda na última semana. “O cenário segue de muita incerteza. As primeira colheitas, no Paraná e em Santa Catarina, já indicam perdas entre 10% e 15%, com algumas lavouras até acima disso. O clima prejudicou bastante, o que é comum em anos de El Niño de forte intensidade”, pontuou.
Rio Grande do Sul
As lavouras de arroz do Rio Grande do Sul, em geral, não sofreram maiores impactos com o temporal que atingiu o estado em 16 de janeiro. Há somente relatos de danos pontuais na estrutura de taipas de algumas lavouras em virtude da intensidade da precipitação.
A cultura se encontra predominantemente em fase vegetativa e tem boa tolerância ao acamamento, condição que tende a modificar-se nas próximas semanas em função do aumento das áreas em fase reprodutiva, quando a exposição a ventos fortes pode ocasionar danos significativos. Porém, os rizicultores de lavouras em estágio de floração estão atentos às diminuições das temperaturas, adotando a estratégia de elevação da altura da lâmina de irrigação para aumentar a tolerância ao frio prejudicial – principalmente abaixo de 15 °C.
Gabriel Nascimento (gabriel.antunes@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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